Os bancários do Itaú Unibanco retardaram a abertura da agência da Rua Sete de Setembro, nesta quinta-feira, 25, por uma hora, em protesto pelo descaso do banco com seus funcionários. Dirigentes do Sindicato dos Bancários de Campina Grande entregaram material específico aos bancários denunciando os altos lucros do banco e a discriminação de trabalhadores no pagamento da PLR.
A mobilização faz parte do Dia Nacional de Luta realizado em todo país cobrando do Itaú Unibanco mais empregos, valorização e melhores condições de trabalho. A fusão dos dois bancos tem trazido lucros e mais lucros para os banqueiros, mas os funcionários só têm acumulado frustrações, como o não-pagamento da Participação nos Lucro e Resultados (PLR) cheia para todos.
Para o diretor do Sindicato e funcionário do banco, João Roncalli, a reivindicação é mais que justa, pois o banco teve um crescimento de lucro de mais 10 bilhões em 2009, e que mesmo assim o banco se recusa a pagar a PLR cheia para os funcionários.
“O Itaú também criou, sem uma avaliação do Movimento Sindical, o Programa de Remuneração por Alto Desempenho (Prad), ‘invenção’ essa que só piora as condições físicas e psíquicas dos funcionários, já tanto explorados pelos atuais programas para atingir metas”, completou Roncalli.
Em parceria com o Dieese, a Contraf/CUT fez um estudo para mostrar que o Itaú Unibanco não cumpriu a promessa de não demissões com a fusão. De acordo com os balanços publicados foram 7.176 postos de trabalho fechados entre 2008 e 2009, ou seja, o banco está na contramão da economia brasileira, que criou 995.110 novas vagas.