(São Paulo) Os bancários do Unibanco estão revoltados com a discriminação promovida pela Remuneração Variável (RR mensal), paga no último dia 24 para a rede de agências. Alguns funcionários chegaram a receber menos de R$ 100. No mesmo dia, o banco pagou para algumas áreas administrativas o Programa de Participação nos Resultados (PPR), com valores bem superiores.
“Os sindicatos estão recebendo muitas reclamações de bancários que não conseguem entender tamanha discriminação. Todos contribuíram para o crescimento do lucro do Unibanco, que foi um dos maiores do Sistema Financeiro Nacional. É lamentável”, afirma Valeska Pincovai, diretora da Fetec São Paulo e funcionária do banco.
Segundo ela, há tempos que a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Unibanco reivindica um programa de remuneração variável justo para todos os funcionários. Mas a direção da empresa se recusa a sequer discutir.
“Chegamos a ter algumas reuniões sobre o assunto. O banco nos apresentou o programa de remuneração denominado Bônus, que englobaria a PPR, PLR e a RR. Mas de uma hora para a outra a direção do Unibanco resolveu que não tinha tempo hábil para estendê-lo a todos os bancários. Isso é um desrespeito com os funcionários, que ainda têm de agüentar a recente escolha do banco como uma das cem melhores empresas para trabalhar, segundo a Great Place To Work. Como o Unibanco conseguiu isso é que os funcionários estão questionando. Há muito caminho para ser percorrido até que o banco seja uma boa empresa para se trabalhar”, diz Jair Alves, coordenador da COE.
O que o Unibanco deveria ter para estar entre as melhores empresas para os bancários:
Plano de Cargo e Salários
Melhores condições de trabalho
Fim do assédio moral
Remuneração justa para todos
Fim da compensação de horas-extras
Auxílio educação
Segurança
Fonte: Contraf-CUT