(São Paulo) A Contraf-CUT e a Fenaban apresentaram nesta sexta-feira, dia 8, as suas propostas para um programa de Prevenção Coletiva de Conflitos no Ambiente de Trabalho. As sugestões foram feitas durante a segunda rodada de negociações do Grupo de Trabalho, criado a partir da Campanha Nacional deste ano.
As propostas apresentadas pelos bancários e pelos banqueiros ainda estão em linhas gerais, mas neste primeiro contato as duas partes acharam elas bastante parecidas. “Elas têm muitas coincidências e a partir delas vamos discutir um projeto para ser implementado. É claro que, na medida em que os debates forem se aprofundando, as divergências surgirão, mas vamos trabalhar para construir um projeto que realmente combata os problemas de conflito nos ambientes de trabalho”, comenta Plínio Pavão, secretário de Saúde da Contraf-CUT.
Na proposta apresentada pelos bancários, a Contraf-CUT enumera as principais situações que são enquadradas como conflitos no ambiente de trabalho. A mais comum enfrentada pelos funcionários dos bancos é o assédio moral, principalmente os cometidos pelos gestores quando pressionam pelo cumprimento das metas absurdas impostas pelas diretorias. Além do assédio moral, se enquadram também o assédio sexual, a gestão inadequada e qualquer forma de discriminação.
Entre as principais propostas da Contraf-CUT estão a criação de um programa de informação e educação continuada, inclusive com a publicação de um “manual de conduta adequada”, a criação de mecanismos que garantam a possibilidade de denúncia preservando a identidade do bancário, a inclusão do tema no cursos de formação de gestores e a criação de mecanismos de avaliação dos resultados das ações.
Segundo Plínio, após a reunião desta sexta os bancários e os banqueiros terão um tempo para aprofundar e detalhar as propostas. O GT será retomado em fevereiro, quando começam os encontros regulares.
Fonte: Contraf-CUT