(São Paulo) Depois de onze dias de greve, os trabalhadores do HSBC na Colômbia conseguiram assinar uma nova convenção coletiva, com importantes conquistas para os bancários. O movimento conseguiu defender direitos adquiridos que os patrões se empenharam em eliminar.
O HSBC, que chegou há poucos meses no mercado colombiano com a compra do banco Banistmo, utilizou a negociação das reivindicações dos trabalhadores para tentar impor flexibilização de direitos e diminuição de salários.
A direção do banco utilizou-se ainda de práticas anti-sindicais, ameaçando trabalhadores e oferecendo ganhos maiores para os que se desligassem do sindicato, a UNEB (Unión Nacional de Empleados – União Nacional de Empregados). A Contraf-CUT e a UniFinanças América pressionaram a direção do HSBC pelo respeito à entidade sindical.
“Todos os dirigentes da UNEB saudamos e felicitamos os trabalhadores do HSBC”, afirma comunicado do sindicato colombiano. “Fica demonstrado com esta histórica greve que os trabalhadores quando se organizam em torno de seu sindicato, conseguem derrotar o poderoso capital, que só pretende acumular mais e mais lucros, ainda que em detrimento das condições de trabalho e da qualidade de vida de quem trabalha diariamente para alcançar os objetivos corporativos e comerciais da empresa. Da mesma forma, fica demonstrado que a intransigência patronal conduz o conflito a terrenos como a greve, sem se importar que seus clientes, ávidos de respeito e bom serviço, busquem o que precisam na concorrência”.