Preocupados com a sustentabilidade do Saúde Caixa e contra os ataques do governo às assistências médicas das estatais, os empregados do banco vestiram branco e realizaram mobilização em todo o país, na quarta-feira (20). Em Salvador, o protesto do Sindicato da Bahia aconteceu no edifício 2 de Julho, Paralela.
Fruto da luta da categoria, a Caixa paga, desde 2004, 70% das despesas assistenciais do Saúde Caixa e os usuários os outros 30%. Mas, tudo pode mudar.
As resoluções publicadas pelo governo e a recente alteração no estatuto da instituição estipulam o limite correspondente a 6,5% da folha de pagamento para a participação da empresa nas despesas. A empresa também já informou que há a possibilidade de acabar com o plano de saúde para os aposentados.
O assistente júnior Eduardo Souza lembra que o plano é essencial. Além das consultas de rotina, ele utiliza a assistência médica nas sessões de fisioterapia, acupuntura e RPG (Reeducação Postural Global) para tratar hérnias de disco e artrose na coluna. "Se tivesse de arcar com todo o tratamento, seria inviável. Um governo como este não tem compromisso com a sociedade e muito menos com o país", ressaltou.
Durante o protesto, o presidente da Agecef (Associação dos Gestores da Caixa) Bahia, Antonio Messias Bastos, salientou que a união de todos os empregados será fundamental no atual cenário de perdas. Opinião reforçada pelo presidente licenciado do Sindicato da Bahia, Augusto Vasconcelos. “Vamos lutar para manter nossos direitos. Não podemos deixar acabar com nosso plano. A saúde é um direito do trabalhador”.