Os bancários de Pernambuco entram em greve nesta terça-feira, 30 de setembro. A paralisação é de 24 horas e visa atingir bancos públicos e privados. A greve é em protesto contra a atitude da Fenaban – Federação Nacional dos Bancos, que se recusa a atender as reivindicações da categoria. Em sete rodadas de negociação, desde agosto, os banqueiros negaram praticamente todos os itens. A atividade é nacional. Aqui, foi aprovada em assembléia com mais de 300 bancários na última quinta-feira, 25. Na próxima quinta, 02, às 19 horas, nova assembléia vai discutir greve por tempo indeterminado.
Na última rodada de negociação, em São Paulo, os patrões ofereceram 7,5% de reajuste, apenas 0,35 ponto percentual acima da inflação acumulada medida pelo INPC – no período de 1º de setembro de 2007 a 31 de agosto de 2008. Os trabalhadores reivindicam 13,23%. Mas não se trata, apenas, de aumento real, do qual os bancários não abrem mão. A categoria coloca como ponto de honra desta campanha a recuperação, mesmo que gradativa, do piso salarial, recusada pelos patrões: 50% da diferença entre o piso atual, de R$ 921,49 no setor privado, e o salário mínimo calculado pelo Dieese, já este ano; e cronograma para alcançar R$ 2.074,00 em três anos. A simplificação da PLR – Participação nos Lucros e Resultados, numa lógica linear que comtemple o coletivo de trabalhadores.
Todas as reivindicações sobre saúde – incluindo combate ao assédio moral -, igualdade de oportunidades de oportunidades e segurança, também foram negadas. Não há condições de trabalho e os bancos se recusam a discutir emprego, quando contratar é fundamental para reduzir a sobrecarga de trabalho e melhorar o atendimento à população.
