Bancários da Caixa do Piauí fazem semana de mobilizações e ameaçam parar

“Se a direção da Caixa não sentar para uma negociação sobre o PCC, não descartamos a possibilidade de realizar uma paralisação ou greve na Caixa até junho”. A afirmação foi feita pelo presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí, José Ulisses de Oliveira, na manhã desta quinta-feira (14/01), durante a manifestação da Semana de Luta por um PCC mais digno ocorrido em frente à agência da Caixa Conselheiro Saraiva, centro de Teresina.

Na abertura dos discursos, a diretora Financeira do Seebf/PI, De Assis Araújo, falou sobre o protesto e reivindicou a contratação de mais empregados para Caixa que implica em melhor atendimento aos clientes do banco.

Sobre o Saúde Caixa, De Assis ressalta que no Piauí não existe nenhum representante para cuidar dos interesses do Plano. “Os médicos estão se recusando a fazer o cadastramento porque não têm a quem recorrer no caso de cobrar a fatura, por exemplo, com demais necessidades”, explica a sindicalista, informando ainda que cada empregado da Caixa paga 2% do seu salário para ter acesso ao plano, mas na hora de solicitar um exame se vê obrigado a pedir autorização a unidade localizada na cidade de Fortaleza (CE).

Ela disse que em 2009, quando foi tratada a questão do Plano de Funções de Confiança (PFC), foi soliciatada pelos empregados que a direção da Caixa prestasse mais esclarecimentos, dai a reivindicação da categoria com relação ao PCC.

Já o bancário e ex-dirigente sindical Antônio Vasconcelos fez questão de lembrar que nestes 149 anos da Caixa, é preciso esclarecer que se trata de um dos mais importantes patrimônios do Brasil a serviço da sociedade.

“Basta dizer que todas as políticas do governo são executadas pela Caixa e seus empregados não são preparados para isso”, diz, deixando claro a necessidade de mais agências e contratação de mais empregados, uma vez que a população cresce ano após ano e isso demanda de uma quantidade maior de bancários para atender a demanda de serviços.

Fazendo referência ao tratamento desigual dado por alguns bancos, José Ulisses esclareceu que no acordo firmado ano passado ficou acertado que quanto ao PCC seria cumprido até junho de 2010. Ele disse esperar por uma posição da Caixa até o mês de junho para retomar as negociações sobre o PCC e se isso não acontecer, os bancários podem dar início a uma paralisação por tempo indeterminado.

No que diz respeito a série de manifestações nas unidades da Caixa em Teresina, o presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí enfatiza que são pacíficas e de mobilizações da categoria.

Nesta sexta-feira (15/01), encerrando a semana de luta, o protesto acontece na agência da Caixa no Dirceu, zona Sudeste da capital piauiense.

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