CUT defende unidade, solidariedade e luta contra opressão no FSM 2015

Brasileiros na marcha de abertura do Fórum Social Mundial, em Túnis

Enfrentando o frio e a forte chuva que desabou sobre Túnis nesta terça-feira (24) à tarde, milhares de manifestantes marcharam da universidade El Manar até o Museu do Bardo, dando início ao Fórum Social Mundial (FSM) 2015.

Recordando as recentes vítimas do massacre terrorista ocorrido em frente ao museu da capital da Tunísia, delegações de todos os continentes reafirmaram a determinação de construir um mundo a partir da unidade e da mobilização dos povos.

Muitas faixas foram erguidas em solidariedade anti-imperialista e anticapitalista lembrando a trajetória de luta da Humanidade contra a opressão. Cartazes de Fidel Castro, Che Guevara, Yasser Arafat, Saddam Hussein e Hugo Chávez foram levantados em meio ao canto da Internacional.

Duas grandes bandeiras palestinas foram carregadas por jovens que exigiam o fim da ocupação israelense. Da mesma forma, houve um massivo protesto contra a ocupação da República Árabe Saharauí pelo governo do Marrocos.

“Apesar dos recentes acontecimentos, que naturalmente ampliam a tensão, a marcha se transformou em uma mobilização militante de defesa da solidariedade, da soberania e da democracia”, declarou Rogério Pantoja, diretor executivo da CUT e membro da Comissão Organizadora do FSM. Demonstração do êxito do evento, sublinhou Pantoja, foi a inscrição de 50% a mais de participantes em relação à última edição.

O secretário adjunto de Saúde do Trabalhador da CUT, Eduardo Guterra, ressaltou que a passeata de abertura foi uma importante condensação do espírito de unidade de ação dos povos por um mundo mais justo. “Ver jovens levantando cartazes do Che e do Fidel, de homens que deram suas vidas no combate ao imperialismo, nos estimula a seguir em frente na luta contra a exploração”, acrescentou.

Para o secretário-geral da CUT Maranhão, Nivaldo Araújo, a preocupação com a devastação ambiental e o combate à crise internacional, são exemplos da sintonia do Fórum com a construção de outro mundo possível e necessário.

Diretor executivo da CUT nacional, Shakespeare Martins afirmou que a transição democrática pela qual passa a Tunísia não pode trazer retrocessos à classe trabalhadora. “Há um grande índice de desemprego no país e isso gera conflitos com povos migrantes, como os líbios, que deixam seus países em virtude da guerra e da devastação”, frisou.

Secretária de Saúde do Trabalhador da CUT, Junéia Martins lembrou que o princípio do Fórum, de luta contra as desigualdades, inclui um mundo com direitos iguais para homens e mulheres. “A luta feminista e anti-patriarcal permanece enquanto houver discriminação”, enfatizou.

Na avaliação do presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, “é inspirador ver jovens de todo o mundo defendendo o Estado palestino e o conjunto de valores que ele encarna, como a luta contra a opressão e a barbárie”.

No hall do hotel Hanna, em Túnis, uma pequena mostra de cartazes palestinos elenca a trajetória de homens, mulheres e crianças que lutam para ter a sua pátria e reconhecido o direito de viver em paz e dignidade.

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