(São Paulo) Na reunião que aconteceu nesta sexta-feira, na sede da Contraf-CUT, em São Paulo, os negociadores do Banco do Brasil aceitaram apenas a renovação de algumas cláusulas que já existem nas áreas de saúde e sindicais. Não houve avanço em nenhum dos temas discutidos.
Em relação a assédio moral e substituições irregulares, o negociador do banco soltou duas “pérolas”. Sobre as substituições afirmou que elas não existem, ocorrem apenas “nomeações em exercício”. No caso do assédio moral, o banco reconhece a existência, afirma ser uma questão pessoal, não estrutural. Mesmo com essa linha de argumentação, contraditoriamente diz que o problema é a troca de pessoal que está ocorrendo, mas, em 60 dias, “tudo estará resolvido”.
Sobre o papel da ouvidoria, que acaba não tendo resultados em relação aos denunciados, ao contrário, permite a exposição e represálias ao denunciante, o BB ficou de debater com os sindicatos o papel e o funcionamento da ouvidoria. Nova rodada de negociação foi marcada para o dia 26 setembro, quando devem ser discutidos PCS, isonomia, entre outras cláusulas.
“Pelo que sentimos nas negociações, os bancários do BB terão de mostrar muita mobilização, junto com toda a categoria, para que venham novas conquistas e aumento real neste ano”, afirma Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa dos funcionários da Contraf-CUT. “A postura da direção do banco continua a mesma, e só mostrando nossa força avançaremos.”
Debate sobre banco público
Um dos poucos pontos em que houve resposta positiva foi o compromissão de o BB promover, junto com a Contraf-Cut, um debate sobre o papel do banco para a sociedade brasileira após a Campanha Nacional dos Bancários.
“Continuamos defendendo o modelo de banco público, que financie o desenvolvimento do país, proporcione bom atendimento à população e melhores condições de trabalho e saúde para seus funcionários”, conclui Marcel.
Fonte: Contraf-CUT