Os bancários do HSBC mais uma vez foram às ruas em são Paulo protestar contra demissões e outras medidas unilaterais do banco inglês que prejudicam os funcionários e tornam a empresa uma das piores do setor financeiro para trabalhar.
“Em apenas uma semana de março, o banco mandou embora 40 funcionários. Por outro lado, o HSBC está entre as instituições financeiras com as tarifas mais altas do setor”, criticou a diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Liliane Fiúza, durante ato nesta terça-feira 2, em frente ao Centro Administrativo São Paulo (Casp), concentração do banco na zona oeste.
A dirigente se referia a levantamento recente, baseado em dados do Banco Central, que mostrou que de 30 tipos de tarifas – comuns aos seis maiores bancos que atuam no país -, o HSBC cobrava mais por 16 delas. Liderava, portanto, o ranking de tarifas altas, seguido pelo Bradesco, que cobrava mais por 10 serviços.
Protesto
O ato desta terça faz parte de uma série de manifestações realizadas pelo Sindicato.
Aos funcionários do Casp, os dirigentes distribuíram o Xangai, jornal do Sindicato direcionado aos trabalhadores do HSBC. Além das demissões, a publicação denuncia a PLR e PPR menores pagos aos bancários, apesar do crescimento de 9,6% do lucro da instituição em 2012, que chegou a R$ 1,225 bilhão.
O jornal denuncia ainda as novas regras do plano de saúde. Segundo informativo do banco, que circulou no dia 8 de janeiro, os bancários não contribuirão mais para o plano de saúde.
“O problema é que se o trabalhador não contribui para o plano, ao ser demitido não tem direito a mantê-lo por seis meses a dois anos, como prevê a lei 9.656/98. Se o empregado tem muitos anos de banco, ele pode até conseguir na Justiça o direito de manter o plano, por já ter contribuído por muito tempo, mas de qualquer forma vai ter de recorrer para garantir esse direito. Não é justo e vamos continuar protestando”, avisou Liliane.