Itaú: sindicalistas reafirmam necessidade de mudanças no PAC

Na negociação realizada pela Contraf/CUT com o banco Itaú nesta quinta, dia 2, os sindicalistas destacaram um dos pontos que compõem a Minuta Específica: a Previdência Complementar, mais precisamente questões relativas ao PAC (Plano de Aposentadoria Complementar).

O PAC, um dos planos de benefícios previdenciários administrados pela Fundação Itaubanco, encerrou o ano de 2007 com um patrimônio considerável, na ordem de R$ 8 bilhões. O montante acumulado é suficiente para honrar o compromisso com os 2.976 aposentados e os 27.647 trabalhadores da ativa admitidos no Itaú até 31 de julho de 2002. Este compromisso representa atualmente cerca de R$ 7 bilhões. Portanto, o plano já acumula um superávit próximo de R$ 1 bilhão.

Hoje em dia, são flagrantes os casos daqueles que, ao se aposentar, não podem contar com um benefício que mantenha o poder aquisitivo nesta nova fase da vida. Este aspecto foi agravado em 2003, com a mudança do caráter complementar do plano para um modelo de pagamento de suplementos, a partir da imposição do chamado “fator W”. O “fator W” é uma fórmula complicada que, a cada ano contado a partir de 01/09/2003, diminui o valor do benefício a ser recebido no futuro.

Já há algum tempo, o movimento sindical Cutista tem cobrado do Itaú mudanças no PAC, como a instituição do benefício mínimo digno para todos e do benefício de pensão. “Essas medidas são urgentes, pois viriam a ampliar os benefícios e garantir a extensão destes aos dependentes de todos os trabalhadores que estão inscritos no PAC”, afirma Wanderley Crivellari, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados do Itáu da Contraf/CUT (COE Itaú) e diretor do Sindicato dos Bancários de Londrina.

Outro ponto diz respeito à inclusão dos funcionários contratados a partir de agosto de 2002 (quando o PAC foi fechado) e que estão sem fazer parte de nenhum fundo de pensão. Já são mais de 10 mil funcionários nesta condição.

“Todo trabalhador alimenta a esperança de contar com uma complementação adequada à sua renda e, ao final deste processo, receberá apenas um montante insignificante do PAC. Frente a este cenário, são necessárias mudanças urgentes no plano de benefícios dos funcionários do Itaú”, finaliza Wanderley.

Itaubank – Outra reivindicação diz respeito ao Fundo de Pensão dos funcionários do BankBoston (Itaubank). Desde a aquisição daquele banco pelo Itaú, a Contraf/CUT tem cobrado a alocação deste Fundo na Fundação Itaubanco, onde estão o PAC, o Franprev, o Plano de Benefícios 002 do Bemge e os planos da Itaulam.

Existem ainda outros dois Fundos que administram planos de benefícios patrocinados pelo Itaú: o Funbep (oriundos do Banestado) e o Prebeg (oriundos do BEG).

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