Mulheres debatem terceirização na 15ª Reunião do Comitê UNI Américas

O fim da desigualdade salarial entre homens e mulheres também esteve na pauta

A luta contra a terceirização foi um dos assuntos de debates do segundo dia da 15ª Reunião do Comitê Regional UNI Américas Mulheres, realizado em Buenos Aires, nesta terça-feira (29). Participaram dezoito representantes e nove suplentes, de diversos países, das Américas do Sul, do Norte e Caribe, entre elas Elaine Cutis, secretária da Mulher da Contraf-CUT; Neiva Ribeiro, integrante do Comitê Regional da UNI Américas Mulheres e do Comitê Mundial de Mulheres da UNI; e Erica Godoy, diretora da Fetec/SP , debatem temas comuns das bancárias no continente.

Neiva Ribeiro apresentou a experiência brasileira no combate ao projeto de lei 4330 e PLC/30 (do Senado), além do nocivo impacto da terceirização na vida dos trabalhadores. “Sobretudo das mulheres que ganham menos em todos os setores e em todas as regiões do mundo. Nós estamos em postos onde se paga menos e são mais precários, e ainda com menos condições de ascensão”, relatou ela. “A terceirização tem efeito nefasto sobre a organização do trabalho e para a luta dos trabalhadores. Todos aqui foram solidários com nossa luta contra a terceirização no Brasil, que é um fenômeno que avança em todas as regiões, como estratégia do capital para reduzir custos, aumentar lucros, precarizando condições de trabalho e direitos dos trabalhadores organizados”, completou.

Elaine Cutis destacou que na pauta também estava a luta pelo fim da desigualdade salarial entre homens e mulheres. “Essa diferença em âmbito mundial é de 23%, todos perdem com essa desigualdade que, segundo a OIT, vem diminuindo devido a redução dos salário dos homens”, informou. “O debate sobre as relações compartilhadas também é essencial para alcançarmos a igualdade de oportunidades, tema que discutimos também na 5ª Oficina da Rede de Mulheres da UNI Brasil, realizado em 22 e 23 do junho, na Praia Grande”, lembrou.

Durante o dia, ainda foram discutidas ações para o combate à discriminação de gênero, para combate ao assédio moral, contra violência organizacional e a incorporação dessas cláusulas nas convenções de trabalho.

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