Nova gripe está aí, mas os bancos não se importam com a saúde dos bancários

Um dos maiores problemas da nova gripe que vem assolando o mundo é seu contágio. A transmissão se dá através de superfícies contaminadas. Ou seja, alguém contaminado espirra na mão e não lava. Essa pessoa cumprimenta outra. A segunda esfrega os olhos. Contaminação na certa. Afinal, o vírus sobrevive 10 horas fora de um hospedeiro.

Por lidar com o público, uma das categorias que mais sujeita está para ser contaminada é a bancária. Isso acontece por ser um ambiente fechado, quase hermeticamente, com trânsito de muitas pessoas provenientes de diferentes lugares e com contato direto entre elas ou através do dinheiro e documentos que são manuseados o tempo inteiro.

Por isso, os sindicatos dos bancários afiliados à FETEC-CUT-PR estão trabalhando muito para informar os trabalhadores dos riscos e cobrando da FENABAN uma posição e atitudes para mitigar a exposição à gripe.

Em Londrina, a primeira medida é informar aos trabalhadores para evitar o pânico. O Sindicato dos Bancários de Londrina e região está trabalhando próximo à Vigilância Sanitária, distribuindo panfletos e acompanhando as reuniões.

Além disso, os dirigentes sindicais têm trabalhado exigindo melhores condições de trabalho. “Já encaminhamos um pedido à superintendência local para que seja disponibilizado, pelo menos, álcool gel para os trabalhadores”, diz João Antônio da Silva Neto, trabalhador no banco Itaú Unibanco e diretor da FETEC-CUT-PR em Londrina e região. Até o momento, uma menor estagiária do banco do Brasil está com suspeita de ser portadora da doença.

Em Paranavaí, Neil Emídio Júnior, presidente do Sindicato de Paranavaí e região e trabalhador no banco Itaú Unibanco, está preocupado: “os bancos não dão folga nem para prevenir LER/DORT, imagina para limpar as mãos com álcool gel a cada contato pessoal”. Neil diz que a situação está alarmante. Com o alto número de suspeitas da doença, as pessoas andam com medo até de se reunirem.

Nova gripe já chegou aos trabalhadores bancários

Nos últimos dias, vários novos casos têm sido relatados e parece que chegou bem perto da gente. “O que se espera é que as pessoas ajam rapidamente, como o [dirigente sindical do banco do Brasil] André [Castelo], que acordou com febre alta e dor no corpo um dia e logo mandou a esposa e filho para a casa dos pais e se internou” fala Ademir Vidolin, que é trabalhador no Bradesco e que até pouco tempo cuidava da secretaria de saúde do Sindicato de Curitiba e região. O dirigente lembra que se o remédio não for administrado nos primeiros três dias, as chances de recuperação diminuem muito.

Ademir também falou sobre uma trabalhadora bancária no banco Santander que é casada com um homem com suspeita de ser portador da gripe influenza A: “o banco é irresponsável por não afastar a trabalhadora. Isso mostra como eles estão mais preocupados com as metas do que com a saúde de seus funcionários”. Até o fechamento dessa matéria, a informação é de que o gerente está informado da possível exposição, mas não tomou nenhuma atitude.

Para se informar sobre a nova gripe, Influenza A (H1N1), vá até a página: www.saude.gov.br

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