(Belo Horizonte) A Contraf-CUT e o banco Rural reuniram-se nesta terça-feira, dia 7, para mais uma rodada de negociações. Durante o encontro, os bancários exigiram que a empresa cumpra o que foi acordado na última reunião, no início do ano.
Na época, a então vice-presidente do banco, Ayanna Tenório, se comprometeu que os dirigentes sindicais lotados nas agências extintas não seriam demitidos até o final de seu mandato. Porém, no último mês, seis representantes dos bancários do Rural foram demitidos na Bahia, em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul.
O banco, no entanto, não só demitiu os dirigentes como ainda alegou que não havia se comprometido em mantê-los até o final de mandato, descumprindo o acordo firmado pelo banco com a Contraf-CUT e os sindicatos. Os representantes do banco chegaram a afirmar que, como as agências foram extintas, os diretores dos sindicatos locais não eram considerados dirigentes sindicais. Mas, com a pressão dos representantes dos bancários, o banco apresentou uma proposta em que afirma que os dirigentes sindicais demitidos deverão ser transferidos para outras agências.
Uma nova negociação está marcada para o início da próxima semana.
Para o presidente do Sindicato de BH, Fernando Neiva, que esteve na reunião, a atitude do banco foi um desrespeito. “Nós exigimos o cumprimento do negociado. Quando o Rural estava em crise, o Sindicato foi ao Congresso Nacional para defender o emprego de milhares de bancários e impedir o fechamento do banco, o que era exigido por vários parlamentares. Agora que o Rural começa a se recuperar é esse o tratamento que o banco dá aos seus empregados dirigentes sindicais”, afirmou.
Fonte: Seeb BH