Mobilização contra falta de funcionários e precárias condições de trabalho
As agências do Santander de Águas Claras, Ceilândia, 502 Norte, Sobradinho e Conjunto Nacional foram fechadas pelos bancários na quarta-feira (11) em protesto contra as demissões imotivadas e por mais e melhores empregos.
Mesmo com lucro líquido de R$ 4,3 bilhões somente nos nove primeiros meses deste ano, o Santander extinguiu 3.414 empregos nesse mesmo período. Apenas no terceiro trimestre, foram eliminados 1.124 postos de trabalho no país. Nos últimos 12 meses, a redução alcançou 4.542 vagas, uma queda de 8,2% no quadro de funcionários, segundo dados do Dieese.
Diante dessa realidade, os bancários estão mobilizados para pressionar a empresa a acabar com essa política, que tem como consequência direta a precarização das condições de trabalho e atendimento e que afeta sobremaneira a saúde de muitos empregados que ficam por conta da sobrecarga.
Apoio da população
Clientes e usuários que passaram pelas agências fechadas receberam panfletos do Sindicato explicando os motivos do protesto e manifestaram apoio. “Vários clientes e usuários entenderam a importância do movimento e também partilham da ideia de que é preciso melhorar o atendimento. Para isso, o banco precisa parar com as demissões injustificadas e contratar pessoal. Essa situação não pode continuar. O Santander tem que valorizar os bancários”, destaca Rosane Alaby, secretária de Administração do Sindicato e funcionária da instituição financeira.
Denúncia no MTE
O Sindicato e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) vão ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) denunciar a política de demissões em massa no Santander.
A reunião será com o secretário de Relações do Trabalho, Manoel Messias Nascimento Melo, e está agenda para a manhã desta quinta-feira (12).