Entidades debatem ponto eletrônico e PLR 2017 com Banco da Amazônia

A mesa permanente do ponto eletrônico entre o Sindicato dos Bancários do Pará, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN) e o Banco da Amazônia foi retomada na tarde de terça-feira (24), em reunião realizada na matriz do banco, em Belém.

O banco informou que o sistema já opera em 30% das agências e em toda a direção geral, e que o sistema não permite que um mesmo empregado acesse mais de uma estação de trabalho ao mesmo tempo.

Foram identificadas algumas falhas por conta de incompatibilidade com o sistema operacional atual dos computadores do banco. Para solucionar o problema, o banco está fazendo transição em seus computadores para um sistema operacional mais atualizado.

Outros ajustes em curso são: a inclusão do sistema de sobreaviso, a variação de limite permitido para hora extra (1 hora e 2 horas de excedente de jornada) e o sistema de interinidade.

O Banco da Amazônia apresentará em breve às entidades sindicais uma proposta de minuta para o Acordo Coletivo de Trabalho específico sobre o Ponto Eletrônico, onde detalhará questões como data de pagamento de hora extra, interinidade e promoções, dentre outras questões.

Intervalo de jornada
As entidades questionaram se o registro dos 15 minutos de intervalo dentro da jornada de trabalho de 6 horas valeria para todos os empregados, inclusive para aqueles que não estão amparados pela ação judicial movida pelo Sindicato. O banco afirmou que isso não será possível por questões jurídicas.

Testes finais
Na sexta-feira (27) uma equipe de dirigentes sindicais composta por Sérgio Trindade, Suzana Gaia e Ronaldo Fernandes, todos empregados do Banco da Amazônia, fará uma visita à agência Belém Centro e à direção geral para verificar o funcionamento do sistema de Ponto Eletrônico, para poder encaminhar o assunto junto com a categoria.

PLR 2017
Do lucro de R$ 64 milhões alcançado pelo Banco da Amazônia em 2017, o mesmo pretende distribuir um valor aproximado de R$ 1,7 milhões no módulo de PLR Social (40% linear e 60% proporcional). Para isso, o banco apresentou as letras frias dos índices de metas da PLR 2017 para justificar o não pagamento do módulo base, o que corresponde a 6,25% do lucro. Informou ainda que a PLR Social atingiu índice de 94,74%, índice que possibilitou o pagamento de apenas 2,59% do lucro, que diz respeito à PLR Social. Porém, o banco não apresentou uma estimativa de quanto isso representaria efetivamente no bolso de cada empregado.

As entidades sindicais reafirmaram a posição de que se o banco deu lucro deve pagar a PLR dos empregados e apelaram para uma negociação que garantisse o pagamento de uma PLR justa aos bancários e bancárias da instituição. O banco por sua vez mostrou-se irredutível. Nesse sentido, as entidades solicitaram a apresentação formal da proposta de PLR 2017 para que possa submeter à avaliação da assembleia dos empregados do Banco da Amazônia.

“Entendemos que se o Banco da Amazônia alcançou lucro em 2017 foi porque houve participação direta dos empregados no atingimento desse lucro. Agora, se o lucro não atingiu as metas esperadas, o trabalhador não pode ser penalizado por isso, afinal ele é peça fundamental para o funcionamento da empresa. Lamentamos a postura do Banco da Amazônia e seguiremos na luta para garantir o pagamento de uma PLR justa aos empregados e empregadas da instituição”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários do Pará, Gilmar Santos.

“O Banco da Amazônia se apresenta como a única instituição de todo o sistema financeiro nacional que não quer pagar a PLR de seus empregados, o que é vergonhoso. Tentamos de todas as formas negociar o pagamento devido da PLR 2017 aos empregados, mas a orientação do banco é seguir a cartilha golpista do governo Temer de retirar, a todo custo, os direitos da classe trabalhadora. Não aceitaremos essa situação e seguiremos na luta para garantir o que é nosso”, destaca o diretor da Fetec-CUT/CN e empregado do Banco da Amazônia, Sérgio Trindade.

“O Banco da Amazônia desconsidera problemas de gestão e se esquiva de suas responsabilidades com a adoção de medidas como a reestruturação que enxugou funções e quadro pessoal, a lateralidade e acumulo de funções, a precariedade das condições de trabalho, a pressão por metas como elementos que contribuíram para o não atingimento de suas metas impostas unilateralmente. Em contrapartida penaliza todo o seu funcionalismo com o não pagamento devido da PLR. Isso é uma atitude cruel que desmotiva ainda mais os empregados e empregadas do banco, o que demonstra que precisamos estar cada vez mais unidos e mobilizados para lutar e garantir nossos direitos”, ressalta a dirigente do sindicato e empregada do Banco da Amazônia, Suzana Gaia.

Representaram os empregados e empregadas do Banco da Amazônia na reunião o presidente do Sindicato dos Bancários do Pará Gilmar Santos, que na ocasião também representou a Contraf-CUT; o diretor da Fetec-CUT/CN Sérgio Trindade; os dirigentes do Sindicato Ronaldo Fernandes e Suzana Gaia; e o assessor jurídico do Sindicato Fernando Galiza.

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