Aconteceu nesta terça-feira, 15, mais um Dia Nacional de Lutas dos bancários do Bradesco. Mobilizações em todo o país cobraram do banco auxílio-educação, Plano de Cargos e Salários transparente, melhorias no plano de saúde, contratações para diminuir a sobrecarga de trabalho e mais segurança. As manifestações fizeram parte da Campanha Nacional de Valorização dos Funcionários do Bradesco, orientada pela Comissão de Organização dos Empregados do banco da Contraf/CUT (COE Bradesco).
“A mobilização foi positiva para pressionarmos o banco nesse momento às vésperas da campanha salarial deste ano”, avalia Geraldo Ferraz, diretor-executivo da Contraf/CUT e funcionário do banco. “Não podemos permitir que a direção do Bradesco permaneça imóvel frente às justas demandas dos bancários”, completa.
Manifestações em todo o país
Em Belo Horizonte, os bancários paralisaram das 10h às 11h a agência da rua Rio de Janeiro. Foi distribuído Jornal do Cliente, denunciando as dificuldades enfrentadas pelos usuários de serviços bancários, como a falta de segurança, as filas enormes e a cobrança abusiva de tarifas.
No Rio de Janeiro, os bancários retardaram a abertura de diversas unidades. Foram atingidos o Prédio da Pio X e as agências Candelária, Edifício Amazônia, Visconde de Inhaúma e Rua do Acre, todas no centro. Os sindicatos do Sul Fluminense, Petrópolis e Teresópolis enviaram militantes à capital para reforçar as manifetações.
Em Campos dos Goytacazes (RJ), o bairro de classe média alta Pelinca acordou com o carro de som do Sindicato de Campos. Os bancários atrasaram em uma hora a abertura da agência do local. Em Niterói, o Sindicato fez paralisação de duas horas na agência da Avenida Amaral Peixoto, a maior unidade de sua base territorial.
O Sindicato de São Paulo realizou protesto na maior concentração de trabalhadores do banco, a Cidade de Deus. Os bancários apoiaram o ato, que contou com a participação da banda Altitude Zero, e manifestaram sua indignação com a postura do Bradesco de se recusar a negociar seriamente as reivindicações dos trabalhadores.
Na base do Sindicato do ABC, os funcionários do Bradesco atrasaram a abertura da agência localizada à rua Bernardino de Campos, no centro de Santo André, na qual está a Gerência Regional do banco. Os diretores dos Sindicatos de Assis e Vale do Ribeira fizeram a distribuição do jornal Raios e conversaram com os clientes do banco para expor os problemas dos trabalhadores. Nas regiões de Barretos, Catanduva, Guarulhos, Mogi e Limeira além da distribuição do jornal e da conversa com os clientes, os diretores também aproveitaram o dia de luta para realizar reuniões nos locais de trabalho e consultas junto os funcionários do Bradesco.
No Rio Grande do Sul, os protestos integraram parte da estratégia de mobilização definida no Encontro Estadual dos Funcionários do Bradesco, realizado no último sábado, durante a programação da 10ª Conferência Estadual dos Trabalhadores do Ramo Financeiro. Em Porto Alegre, os funcionários do banco retardaram por uma hora a abertura da agência da Rua General Câmara, no centro da cidade. Além de cobrar a concessão de auxílio-educação, o Sindicato dos Bancários da capital denunciou a pressão pelo cumprimento de metas; sobrecarga de trabalho; demissões às vésperas da aposentadoria; distorções salariais e a falta de plano de cargos e salários.
Ainda no Rio Grande do Sul, em Alegrete os diretores do Sindicato distribuíram panfletos a clientes e funcionários do banco. Os diretores do Sindicato do Litoral Norte distribuíram material produzido pelo Coletivo Estadual de Funcionários do Bradesco RS em frente à agência em Osório. Em Santa Rosa, o Sindicato marcou presença em frente à agência local do Bradesco. Para atingir um maior público, uma nova manifestação já foi agendada para o último dia útil do mês, quando ocorre o pagamento da folha do município. Por fim, os funcionários da agência de São Borja usaram roupas de cor preta para trabalhar, em uma manifestação de luto pela falta de respeito do banco com relação aos clientes e funcionários. Também houve distribuição de informativos durante o expediente.
No Paraná, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região realizou ato nesta manhã nas agências centrais do Bradesco. Os trabalhadores reivindicam para que o banco abra uma discussão sobre o auxílio-educação para os bancários. Também foi distribuído material para os clientes do banco, alertando-os sobre as altas tarifas cobradas pelo Bradesco, e reivindicando contratações para diminuir a sobrecarga de trabalho nas agências.
A agência Centro de Londrina foi invadida por ETs. Houve colagem de cartazes e distribuição de panfletos à população, além de carro de som. Em Umuarama, foi realizada manifestação com som e distribuição de carta aos clientes e usuários do banco. Em Paranavaí, foi realizado ato em frente a agência do Bradesco.
O Sindicato de Apucarana realizou ato na agência da cidade, com distribuição de material para funcionários e clientes, bem como encaminhamento da Consulta Nacional com os Funcionários do Bradesco. Na base do Sindicato do Vale do Paranhana, foi feita panfletagem nas agências de Taquara e Igrejinha. Em Umuarama, o sindicato distribuiu carta ao cliente esclarecendo os motivos da manifestação.
O Sindicato de Pernambuco realizou manifestação na agência do Bradesco em Casa Forte, Recife. A unidade teve sua abertura retardada até meio-dia. O protesto contou com a adesão dos funcionários e da maioria dos clientes. Em Campina Grande (PB), o sindicato percorreu as agências do banco com distribuição de material para clientes e funcionários e apresentação do grupo de teatro “Satiricon”.
Em Teresina, os bancários das três agências do Bradesco – Centro, Barão de Gurguéia e Jóquei – suspenderam suas atividades por duas horas, de 10h às 12h. Nas três unidades, dirigentes do Sindicato do Piauí deram apoio ao protesto com carro de som e faixas. No Maranhão, foi realizado ato em frente à principal agência de São Luís.
Em Brasília, a manifestação se concentrou na agência central, o Bradescão do Setor Comercial Sul, a partir das 10h, com a presença de alienígenas distribuindo notas à população, numa alusão à campanha publicitária Bradesco – Banco do Planeta. Na quarta-feira 16, as manifestações atingiram agências das cidades-satélites de Taguatinga e da Ceilândia.
Em Dourados, houve paralisação com retardamento na abertura do banco em uma hora. O Sindicato aproveitou para denunciar o banco sobre algumas questões específicas como segurança.