(Porto Alegre) As cartas tornadas públicas entre o vice-governador Paulo Afonso Feijó e a governadora Yeda Crusius sobre a sucessão do Banrisul, além da troca de acusações envolvendo até mesmo o marido de Yeda, estão prejudicando a imagem da instituição. Os assuntos internos do Estado não podem ser tratados, através da mídia, pelos integrantes do governo. Esse novo jeito de governar faz mal para o banco.
Da mesma forma, as especulações de setores da imprensa sobre a venda de 49% das ações do banco, como primeiro passo para a privatização, afetam a imagem do banco, que há mais de 78 anos atende milhões de pessoas. O Banrisul é o coração do sistema financeiro gaúcho, que não pode ser entregue aos banqueiros paulistas ou estrangeiros.
Na defesa do Banrisul como banco público, o Sindicato e a Federação dos Bancários do RS têm se manifestado contra todo e qualquer ataque à instituição. O assunto já foi levado para a Assembléia Legislativa, durante audiência com o então presidente da Casa, deputado Fabiano Pereira.
As entidades estão vigilantes para que a promessa de campanha eleitoral da governadora (não ao plebiscito, não à federalização e não à privatização) não tenha o mesmo destino que a promessa de não aumentar impostos.
O que o Banrisul precisa é de uma gestão competente e profissional, que fortaleça a atuação do banco, através da contratação de mais funcionários, ampliação da rede de agências e melhoria do atendimento aos clientes e à população, com mais segurança e diminuição das filas. Além disso, o banco tem que investir na produção, na geração de empregos e na distribuição de renda.
Os bancários não abrem mão do Banrisul como banco público!
Fonte: Seeb PoA