Isonomia é uma das prioridades dos delegados sindicais de Pernambuco

Na Caixa Econômica Federal, janeiro está sendo um mês de muita mobilização. Depois das manifestações por um novo PCC-Plano de Cargos Comissionados, digno, sem distorções e injustiças, que marcaram o aniversário de 149 anos da empresa, no último dia 12, os trabalhadores promoveram, na quarta-feira, 27, o Dia Nacional de Luta com o lançamento da campanha “2010, o ano da isonomia”.

O objetivo é intensificar ainda mais a mobilização em todo país, a fim de pressionar a direção da Caixa para concluir o processo de isonomia de direitos aos empregados contratados a partir 98. Com as lutas e as greves dos bancários, vários direitos cortados durante o governo FHC já foram resgatados. Mas a isonomia não pode ficar no meio do caminho.

Ainda falta conquistar o ATS-Adicional por Tempo de Serviço, também conhecido como anuênio, licença-prêmio e tíquetes para os aposentados. Para trabalho igual, salários e direitos devem ser iguais. Todos contribuem para o crescimento e os bons resultados da Caixa. A atividade integra o calendário de luta de 2010, aprovado no encontro nacional de dirigentes sindicais, realizado no final do ano passado.

Em Pernambuco, as atividades do Dia Nacional de Luta foi um dos temas discutido no Encontro de Delegados Sindicais, realizado na sexta-feira, 22, na sede do Sindicato dos Bancários. O encontro, que contou com a participação de representantes da Caixa, do Banco do Brasil do BNB, foi o segundo contato da nova diretoria com os representantes de base. Na oportunidade os delegados dos bancos públicos, discutiram a organização da categoria, além de questões específicas de cada empresa.

“Esse tipo de atividade é muito importante tanto para nós, dirigentes sindicais, quanto para os companheiros que estão na base. Esse contato direto nos permite trocar experiências, levar para os companheiros o que esta sendo pensado pela direção e também para que possamos captar os anseios, as críticas e sugestões. Até porque, o delegado sindical é o elo entre o Sindicato e as agências”, comenta Fabiano Félix, secretario geral do Sindicato dos Bancários.

“Nesse encontro, especificamente, além da troca de experiência já citada, conseguimos estabelecer um cronograma de atividades nos bancos que começa com essa mobilização na Caixa econômica e segue com outras atividades também no BB e BNB”, conclui e o dirigente.

Para o Dia Nacional de Luta, os delegados sindicais da Caixa decidiram convocar os empregados pós 98 a chegarem nos seus locais de trabalho uma hora após a abertura das agências, às 11. “A ideia é fazer com que a Caixa perceba a importância dos trabalhadores que entraram na empresa depois de 1998. Vale ressaltar que os empregados pós 98 já são mais de 50% do quadro funcional. Portanto, não podemos admitir que eles sejam tratados de forma discriminatória”, argumenta Jaqueline Mello, presidenta do Sindicato e empregada da Caixa.

Os bancários do BB também irão realizar manifestação em seus locais de trabalho. Dia 3 de fevereiro, quando será realizada a mesa temática sobre PCCS, saúde e condições de trabalho, serão realizadas visitas e atos itinerantes nas unidades do Banco. Seguindo orientação nacional, os trabalhadores do Banco do Brasil realizarão atividades todo dia 20.

Os delegados do BB estabeleceram ainda três prioridades: ajuizar ação de cumprimento caso o banco não implemente o plano odontológico; acrescentar o tema isonomia nas atividades do BB e promover debates específicos com os funcionários sobre o andamento das negociações das mesas temáticas.

O processo de terceirização também é preocupação dos trabalhadores do BB. Em virtude disto, ficou estabelecido o indicativo de se buscar, junto a direção da empresa, negociação sobre o tema, inclusive, sobre a Cobra tecnologia.

Já no BNB, ficou definido a promoção de debates nas agências sobre questões específicas.

O próximo encontro deverá ocorrer na segunda quinzena de março. “Como as eleições para delegados sindicais serão realizadas no final de março, a ideia do próximo encontro é tentar reunir os atuais delegados e os candidatos para avaliar o processo e organizar o pleito”, esclarece Fabiano Félix.

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