CUT condena política de superávit primário e quer taxar grandes fortunas

Durante a solenidade em comemoração aos 10 anos do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), o secretário de Organização e Política Sindical da CUT, Jacy Afonso, condenou a manutenção da política de superávit primário para pagamento de juros que beneficia apenas o capital especulativo.

Clique aqui para ouvir o pronunciamento.

Somente entre janeiro a maio deste ano, o governo federal desembolsou R$ 92,3 bilhões em juros – 3,6 vezes o que aplicou na Saúde, 6,3 vezes o que despendeu com Educação, 40 vezes o investimento orçamentário do período e três vezes o investimento das estatais.

“Não conseguiremos avançar na atual conjuntura econômica (crise internacional) se não tratarmos de forma profunda a questão do superávit primário buscando a suspensão imediata desta política”, assinalou.

O dirigente da CUT classificou como equivocado o novo aumento da taxa de juros. Após a Selic atingir o seu menor patamar histórico em 2012 (7,5%), o Banco Central voltou a ceder à pressão do mercado rentista. “É o inverso da política anterior, quando o País estava deixando de pagar juros aos rentistas e fazendo investimentos públicos e sociais”, acrescentou.

Para Jacy, o governo precisa ter a coragem de discutir com a sociedade políticas para taxar as grandes fortunas com o objetivo de subsidiar as políticas sociais do País. O dirigente que representa a Central no CDES também destacou a importância da integração latino-americana e dos espaços de diálogo social para o debate sobre o desenvolvimento da América Latina.

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