Crise de crédito espanhol aumenta e pode afetar bancos, diz FMI

Reuters

Problemas econômicos da Espanha poderiam levar os bancos a reduzir ainda mais os empréstimos, mas eles precisam resistir a isso e aumentar os níveis de capital cortando dividendos em dinheiro ou emissão de novas ações, disse o Fundo Monetário Internacional (FMI).

O FMI, que está monitorando reformas bancárias da Espanha depois de um resgate europeu no ano passado, disse em um relatório na segunda-feira que a solvência dos credores havia melhorado.

Mas os problemas econômicos, incluindo desemprego recorde, havia deixado o setor atolado em um aprofundamento da crise de crédito.

Essa pressão poderia empurrar os bancos, cujos lucros provavelmente sofrerão, a cortar ainda mais os empréstimos, atingindo crescimento e potencialmente forçando o governo a repensar seus planos para a reestruturação do setor.

“A dinâmica do setor financeiro ainda contribui para pressões recessivas, com aceleração da contração do crédito, aperto nos critérios para empréstimos, e taxas de empréstimos para empresas em ascensão”, disse o FMI, em relatório sobre o setor.

Empréstimos espanhóis bancários ao setor privado caíram 7 por cento em maio, na comparação anual, e a contração foi uma dos mais rápidas entre as economias avançadas, disse o FMI.

Os bancos espanhóis, afetados por uma quebra do mercado de imóveis em 2008, tiveram de fazer bilhões de euros de provisões contra perdas no ano passado para reparar seus balanços. O setor teve que ser socorrido com 41 bilhões de euros (53,5 bilhões dólares) em ajuda europeia para reforçar capital.

A Comissão Europeia tem descartado, até agora, a necessidade de dinheiro extra para ajudar os bancos espanhóis.

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