Protesto contra a intransigência dos bancos na capital da Paraíba
O presidente da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), Murilo Portugal, foi simbolicamente cremado no início da noite desta quarta-feira, nas proximidades da Praça dos Três Poderes, no centro de João Pessoa. O ato fez parte de mais uma mobilização promovida pelo Sindicato dos Bancários da Paraíba, dentro do movimento grevista, que já dura 15 dias. O protesto também contou com funcionários dos Correios, categoria que também está paralisada na luta por melhores condições de trabalho, Movimento Passe Livre e CUT Paraíba.
A manifestação teve início na R. Duque de Caxias, em frente à agência centro do Bradesco. No local, diretores do Sindicato, integrantes do Sintect/PB, CUT e Movimento Passe Livre gritaram palavras de ordem e fizeram chamamentos aos trabalhadores para que a luta seja cada vez mais reforçada. Um grupo musical também deu o tom da mobilização com letras de protesto. Também houve apitaço e queima de fogos de artifício.
Em seguida, o movimento grevista seguiu em cortejo fúnebre em direção à Praça dos Três Poderes, onde foi feita a queima de um caixão de papelão com os nomes dos maiores bancos do País e com fotos do presidente da Fenaban. “Ele é o maior representante do massacre que sofremos por parte dos bancos”, completou o presidente do Sindicato, Marcos Henriques. Antes, o grupo fez uma pequena parada em frente à agência do Itaú, onde todos gritaram “trabalhadores unidos, jamais serão vencidos”.
Marcos Henriques adiantou que nesta quinta-feira (3) o Comando Nacional dos Bancários estará reunido, em São Paulo, para avaliação do movimento grevista. Segundo ele, a expectativa é que os banqueiros aproveitem a oportunidade para retomar as negociações e apresentar proposta decente que atenda às reivindicações da categoria e ponha fim na greve.
