Bancários tomam as ruas de Mogi das Cruzes para lançar Campanha Salarial

O ato contou com a presença da caravana da Fetec/CUT

Com faixas e cartazes pedindo valorização dos trabalhadores, a reforma política e tributária, democratização dos meios de comunicação e o fim da terceirização, os bancários de Mogi das Cruzes e Região tomaram as ruas da cidade nesta terça-feira (18) para apresentar as reivindicações da Campanha Nacional Unificada 2015, que este ano vem com o tema “Exploração Não Tem Perdão”.

O ato teve a animação de Olímpio & Sua Banda, palhaço de perna de pau e a presença da caravana da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito (Fetec/CUT), de representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), dos Sindicatos dos Bancários de Taubaté, Guarulhos e do Grande ABC, além de várias lideranças da região, como a do vereador, sindicalista e bancário Clodoaldo Moraes (PT).

Com o apoio da Polícia Militar, os dirigentes sindicais se concentraram no largo do Rosário (Praça da Marisa), de onde seguiram em passeata pela Avenida Voluntário Fernando Pinheiro Franco, a Avenida dos Bancos, percorrendo as principais agências do centro cidade para denunciar a exploração dos banqueiros, que seguem ampliando seus lucros com a cobrança de tarifas elevadas de seus clientes e com a exploração de seus funcionários.

“Nossa Campanha está debatendo não somente o benefício para os bancários, mas a todos os clientes. Mesmo com a crise econômica mundial os bancos continuam ganhando muito, por isso não é justo que os trabalhadores e a sociedade paguem esta conta com a superlotação nas agências, falta de funcionários e tarifas altas. É neste cenário que bancários estão adoecendo e que clientes estão sendo até mesmo impedidos de entrar nas agências. Vamos exigir respeito e responsabilidade na mesa de negociação”, destacou o presidente do Sindicato dos Bancários de Mogi e Região, Francisco Candido.

O vereador, sindicalista e bancário, Clodoaldo Moraes, reiterou o apoio à luta dos bancários por melhores salários e condições de trabalho: “O setor financeiro é um dos que mais lucra no País. Infelizmente, isso acontece a base de muita exploração do trabalhador e toda a população, que paga juros muito acima da nossa inflação em serviços bancários, como no cheque especial, por exemplo, e não recebe um atendimento adequado por conta da ganância dos banqueiros que em vez de contratar mais funcionários, sobrecarga os bancários”, disse.

Entre as reivindicações da categoria para este ano estão o reajuste salarial de 16% (composto de reposição da inflação mais 5,7% de aumento real), Participação nos Lucros e Resultados (PLR), piso e vales alimentação e refeição maiores, mais segurança, fim das demissões e da terceirização, além de melhores condições de trabalho com o combate às metas abusivas e ao assédio moral.

A minuta de reivindicações da categoria foi entregue pelo Comando Bancário à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) no dia 11 de agosto e a primeira rodada de negociação está marcada para esta quarta-feira (19 de agosto).

A expectativa, conforme ressaltou o presidente do Sindicato dos Bancários de Mogi e Região, Francisco Candido, é que os banqueiros tenham

Principais reivindicações da Campanha Nacional Unificada 2015

Reajuste salarial de 16% (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real)
PLR: 3 salários mais R$7.246,82
Piso: R$ 3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último)
Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional)
Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários
Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós
Prevenção contra assaltos e sequestros:
o permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação
o Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas
o Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários
Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs)

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