(São Paulo) Depois de discriminar e perseguir dirigentes sindicais, o Unibanco agora foi mais longe e – ilegalmente – demitiu um sindicalista de Santa Catarina. Leonir Luiz Canei foi eleito em 2004 para preencher um cargo vago no Sindicato dos Bancários de Chapecó, Xanxerê e Região, mas o banco ignorou a eleição e dispensou o funcionários nesta quinta-feira, dia 11.
O Sindicato enviou ofício ao Unibanco com o resultado das eleições, a ata e o edital de convocação para provar que Leonir é dirigente da entidade. Além disso, foi enviado ao banco uma cópia do Estatuto do Sindicato, que regulamenta as eleições complementares.
“Mas o banco disse que não reconhece as eleições complementares e demitiu ilegalmente o dirigente sindical. É contra lei e o Unibanco vai ter que responder sobre essa atitude, no mínimo antidemocrática. Essa é a cara do Unibanco, que depois ainda tem coragem de dizer em suas propagandas que nem parece banco”, comentou o secretário de Organização da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Carlindo Abelha.
Segundo ele, esta é mais uma das muitas práticas anti-sindicais que o Unibanco tem tomado nos últimos tempos. No mês passado, a empresa encontrou um jeito de manter os sindicalistas longe dos cargos comissionados na direção. O banco rejeitou as candidaturas dos representantes dos trabalhadores para a diretoria no Rio e em São Paulo sob o argumento de que os sindicalistas estão “afastados”.
“Esta é uma discriminação que nenhum outro banco pratica. O Unibanco está perseguindo os representantes dos trabalhadores. A Contraf-CUT repudia esta discriminação do Unibanco e já entrou em contato com a direção. Marcamos uma reunião e vamos para cima da diretoria, pois esta postura é inaceitável”, finalizou Abelha.
Fonte: Contraf-CUT