(São Paulo) Terminou sem avanços a negociação desta segunda-feira, dia 11, com o Bradesco, que discutiu a melhora na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) dos bancários do grupo.
A Contraf-CUT insistiu na reivindicação feita na Campanha Nacional, que pede a distribuição de mais 5% do lucro líquido de forma linear para todos. O Bradesco disse que este valor é muito alto, mas seus representantes afirmaram que estão abertos para negociar. Nova rodada está marcada para o dia 18 de dezembro.
“Esperamos avanços na próxima negociação. Queremos uma PLR maior e o Bradesco tem condições de pagar, já que é um dos maiores e mais lucrativos bancos do país. A empresa precisa valorizar os seus funcionários”, afirmou Vagner Freitas, presidente da Contraf-CUT e funcionário do banco. Para ele, os sindicatos precisam organizar mobilizações com os bancários para pressionar o Bradesco.
Na negociação desta segunda, os representantes do banco justificaram que encontraram “muita dificuldade para transitar com a reivindicação dos bancários internamente”. Segundo eles, o Bradesco não tem o costume de utilizar a remuneração variável na política de gestão de pessoas, embora “o banco entenda os argumentos dos trabalhadores”.
“Mas assumiram o compromisso de discutir nossa reivindicação. A PLR continuará sendo o tema central das negociações do dia 18, quando queremos sair da reunião com nossa reivindicação atendida”, ressalta Neiva Maria Ribeiro dos Santos, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco e diretora do Sindicato de São Paulo.
Além da PLR, também integram a pauta de reivindicações dos bancários do Bradesco a isonomia entre os funcionários dos bancos incorporados, um novo Plano de Cargos e Salários (PCS), auxílio-educação, mais segurança, fim das terceirizações e reestruturação do curso do Treinet.
Fonte: Contraf-CUT