Jornalista critica Ita£ que nÆo indenizou fam¡lia de cliente assinado

(Rio) O jornalista Elio Gaspari, em sua coluna dominical em O Globo, escreve artigo, assinando-se com Walter Wriston, ex-presidente do Citibank, já falecido, sobre a postura do Itaú em relação à morte de Jonas Eduardo de Souza numa agência do banco no centro do Rio. No texto, Gaspari ressalta que o ataque de fúria de Jonas pode ser comparado ao do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, contra um manifestante.

 

Leia, a seguir, trechos do texto que falam do assunto:

 

Caro Roberto Setúbal,

 

Resolvi te escrever porque percebi um ataque especulativo da incompetência contra o patrimônio moral do Banco Itaú…

 

Pela minha conta, no ano passado o Itaú lucrou U$350 mil por hora…

 

Trato do caso daquele correntista negro assassinado em dezembro por um segurança numa das tuas agências no Rio. Ele ficou uns minutos travado na porta giratória. Quando entrou no banco, descontrolado, altercou-se com o guarda. (Não houve grande diferença entre o que fez o jornaleiro com o guarda e o que fez o prefeito Gilberto Kassab com aquele cidadão do posto de saúde. Seria razoável se o homem desse um tiro no prefeito?)

 

Passaram-se dois meses do homicídio e o Itaú ainda não anunciou que está pronto para discutir a rápida e satisfatória indenização da família…

 

Quanto mais cedo o prejuízo for reconhecido, melhor para o Itaú. Teus conselheiros estão especulando com os mais sensíveis dos riscos: a confiança e a reputação.

 

No dia seguinte ao homicídio eu teria cancelado o contrato com a empresa de segurança. Disseram-me que ela se chama Protege. Protege quem?…

 

Cordiais saudações, Walter Wriston

 

Fonte: Feeb RJ/ES

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