O Sindicato dos Bancários do Rio organizou nessa quinta-feira, dia 28, um ato nas escadarias da Câmara dos Vereadores, na Cinelândia, para lembrar o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho.
Com uma instalação (bonecos, cartazes, distribuição de jornais) e performance teatral chamando a atenção para os números estarrecedores dos acidentes e adoecimento de trabalhadores, relacionados ao seu exercício profissional.
Além dos bancários, representados pelo Sindicato e pela Federação dos Bancários do RJ/ES, também participaram representantes do Sintel, da CUT e outras entidades.
A apresentação, ao meio-dia, causou bastante impacto, não só pelo visual dos bonecos e da cruz instalada na escadaria, mas principalmente pelos números relativos aos acidentes e doenças do trabalho, mostrados nos cartazes e no jornal.
“As estatísticas mostram que quando um trabalhador morre, sua família também morre, se um trabalhador adoece sua família também adoece. A sociedade não pode mais conviver com uma concentração de renda tão injusta, com lucro a qualquer custo, como enfrentamos hoje no mundo capitalista, razão que está na raiz do problema dos acidentes e das doenças do trabalho”, afirmou o presidente do Sindicato dos Bancários do Rio, Almir Aguiar.
O diretor executivo da Secretaria de Saúde do Trabalhador do Sindicato Gilberto Nunes Leal criticou a ganância dos banqueiros por exigirem metas cada vez mais impraticáveis, fazendo da categoria uma das maiores vítimas das doenças do trabalho.
“O número reduzido de funcionários nas agências e departamento, a sobrecarga de tarefas e a maior pressão por metas estão na origem de grande parte dos problemas de saúde dos bancários”, disse o diretor.
O diretor do Sindicato, Marcelo Pereira, disse “que infelizmente esta é uma data que existe, sem precisar existir, que só existe por causa da preocupação desmedida dos patrões com a lucratividade”, protestou.