A Procuradoria-Geral do Trabalho do Ministério Público do Trabalho (MPT) promove nesta terça-feira, dia 19, em Brasília, a quinta mediação entre a Contraf-CUT e a Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes (CNTV) sobre a segurança no transporte de valores. Também participam a Febraban e a Associação Brasileira de Transporte de Valores (ABTV).
Na última rodada, ocorrida no dia 12 de maio, bancários e vigilantes entregaram um oficio conjunto com propostas para garantir segurança nas operações que envolvem transporte de valores. O documento foi encaminhado ao procurador-geral Otávio Brito Lopes.
Três grandes temas estão em discussão: abastecimento de caixas eletrônicos, estacionamentos próprios para carros-fortes e transporte ilegal de valores por bancários. A Contraf-CUT e a CNTV formularam iniciativas para proteger a vida dos trabalhadores e clientes e prevenir assaltos e seqüestros. Também foi discutido um canal de comunicação com a Febraban, com o objetivo de encaminhar denúncias de irregularidades para a busca de soluções dentro de prazos estabelecidos.
“Estamos na expectativa de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), pois esses problemas já foram amplamente debatidas entre os trabalhadores e os bancos e precisam de soluções”, afirma o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr. “Na Mesa Temática de Segurança Bancária, a Fenaban não quis discutir essas questões, alegando que estavam em debate no MPT”, lembra.
“Esperamos avanços, a exemplo da Campanha Nacional dos Bancários, onde garantimos medidas de atendimento às vítimas de assaltos e seqüestros e procedimentos de registro das ocorrências e acompanhamento das estatísticas de ataques a bancos”, destaca o diretor da Contraf-CUT.
“Queremos mecanismos seguros para o abastecimento de caixas eletrônicos, sem a presença de usuários, feito na parte posterior das máquinas, sem contagem de numerário no local”, destaca o presidente da CNTV, José Boaventura Santos. “Também buscamos espaços exclusivos e seguros para o estacionamento de carros-fortes”, defende.
“Reiteramos a necessidade de coibir a prática ilegal de vários bancos que utilizam bancários para o transporte de numerário. Conforme a legislação e as portarias da Polícia Federal, essa tarefa compete exclusivamente a empresas de transporte de valores, através de vigilantes treinados e equipados”, ressalta Ademir.
O diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Daniel Reis, destaca que a ABTV afirmou na última reunião ter condições de prestar serviços aos bancos em todo o país e que estudaria soluções para as localidades com dificuldade de acesso. “Esperamos chegar a um entendimento no MPT para que nossas propostas sejam implantadas de forma a resolver a questão do transporte de valores”, concluiu o dirigente sindical.