Lucro do Bradesco cresce e atinge R$ 5,831 bilhões até setembro

O Bradesco divulgou nesta quarta 4 o lucro líquido acumulado no ano de R$ 5,831 bilhões, crescimento de 0,2% na comparação com o lucro líquido ajustado dos nove primeiros meses de 2008. Já no terceiro trimestre do ano foi registrado um lucro líquido de R$ 1,811 bilhão, valor aproximado ao igual período de 2008. Os ativos totais em setembro de 2009 chegaram a R$ 485,686 bilhões, crescimento de 14,9% em relação a igual mês do ano passado.

Para o secretário de Políticas Sindicais da Contraf-CUT e funcionário do banco, Carlindo Dias de Oliveira (Abelha), “o lucro astronômico atingido pelo Bradesco e construído com a participação dos bancários demonstra que o banco possui totais condições de atender as reivindicações dos trabalhadores”.

Para Abelha, “houve evolução do lucro anual e dos ativos totais, só resta agora incluir os bancários nos planos da empresa, valorizando cada um dos cerca de 70 mil funcionários, como a implantação do auxílio educação. O Bradesco é único dos grandes bancos no país que ainda não atendeu essa demanda dos bancários”.

Seguros, previdência e crédito

O segmento de seguros do Bradesco respondeu por 34% do lucro do conglomerado financeiro no terceiro trimestre do ano. Em igual trimestre do ano passado, a fatia do braço segurador equivalia a 33% do resultado e, no segundo trimestre de 2009, a 28%. Entre abril e junho, a instituição financeira contabilizou em seu resultado o efeito da venda de parcela da participação na Visanet.

A Bradesco Seguros & Previdência, que reúne as empresas desse segmento, registrou um lucro de R$ 638 milhões entre julho e setembro, crescimento de 5,1% em relação ao registrado no segundo trimestre. No ano, esse grupo acumula um lucro de R$ 1,895 bilhão, valor 9,7% inferior ao registrado em igual mês do ano passado.

A carteira de crédito total do Bradesco (incluindo avais e fianças) somava R$ 215,536 bilhões ao final de setembro, valor 10,2% superior ao registrado em igual mês do ano passado. As operações com pessoas físicas somavam R$ 75,528 bilhões e as com empresas, R$ 140,008 bilhões, crescimentos de, respectivamente, 8,2% e 11,3%.

O patrimônio líquido (PL) em setembro de 2009 era de R$ 38,877 bilhões, 13,8% superior ao registrado entre julho e setembro do ano passado. Já o retorno anualizado sobre o PL médio no terceiro trimestre ficou em 21,8%, ante 25,4%. O resultado bruto da intermediação financeira ficou em R$ 4,679 bilhões.

Inadimplência

A inadimplência do Bradesco no terceiro trimestre do ano ficou em 5%, ante os 3,4% registrados em igual trimestre do ano passado e dos 4,6% do segundo trimestre de 2009. Esse indicador leva em conta os atrasos superiores a 90 dias. A instituição financeira afirmou em seu relatório de resultados que há uma tendência de melhora no índice que mede os atrasos das operações de crédito.

Nas operações de crédito feitas com pessoas físicas, o índice de inadimplência subiu de 6,1% em setembro de 2008 para 7,6% em setembro último. Já ao final do segundo trimestre, os atrasos superiores a 90 dias representavam 7,5% do crédito para esse segmento. Segundo o Bradesco, a inadimplência no último mês do terceiro trimestre já apresentava redução, consequência da melhora das expectativas dos níveis de emprego e renda.

Para as grandes empresas, a taxa de inadimplência ao final do terceiro trimestre era de 0,9%, ante 0,3% em igual período do ano passado e também acima do 0,5% registrado em junho. Entre as pequenas e médias empresas, os atrasos superiores a 90 dias equivaliam a 5,1% das operações de crédito no terceiro trimestre, ante 2,4% de igual período do ano passado e 4,5% do trimestre anterior. Na avaliação do Bradesco, as operações para pessoas jurídicas mostram redução no ritmo de crescimento da inadimplência.

No que diz respeito às provisões para devedores duvidosos (PDD), o Bradesco registrou no terceiro trimestre uma despesa de R$ 2,908 bilhões, crescimento de 74,02% na comparação com igual período de 2008. Em relação ao segundo trimestre, a despesa com PDD apresenta uma queda de 34,3%. De acordo com o Bradesco, a redução do PDD em relação ao segundo trimestre é resultado da melhora na atividade econômica, que beneficia a capacidade de pagamento dos clientes. Além disso, entre abril e junho foi feito um provisionamento adicional de R$ 1,3 bilhão.

O estoque de PDD em setembro, de R$ 14,953 bilhões, equivalia a 8,3% da carteira de crédito. Essa cobertura está acima dos 5,5% registrados no mesmo mês de 2008 e dos 7,7% de junho. O saldo de PDD é composto por R$ 11,962 bilhões de provisões requeridas com base nas normas do Banco Central e R$ 2,991 bilhões de provisões excedentes. Como a provisão está acima do requerido pelo Banco Central, o índice de cobertura do Bradesco (relação entre o estoque de PDD e os atrasos acima de 90 dias) era de 166,5% em setembro, acima dos 163,6% de setembro de 2008 e abaixo dos 169,1% registrados em junho.

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