Sindicato do MT cobra BB para volta da função de caixa de delegado sindical

O Sindicado dos Bancários de Mato Grosso (Seeb-MT) solicitou ao superintendente estadual do Banco do Brasil, Eloy Medeiros, a regularização de problemas na agência Governador Julio Campos constatados pelo Seeb-MT após visita na sexta, 26 de março, e também por denúncia do delegado sindical.

A gerente da agência Governador Julio Campos descomissionou o delegado sindical, Marcio Rodrigues da Silva, que foi eleito quando exercia a função de caixa. Silva relatou que depois que começou a questionar a gerência sobre trabalhos realizados fora do horário, sem receber horas extras, foi retaliado com avaliação interna sem nexo e com a retirada da comissão de caixa.

O motivo explicitado pela gerente foi uma diferença no caixa. Porém, segundo o delegado sindical, a ocorrência é considerada normal e outros funcionários também a tiveram e não sofreram a mesma penalidade.

Não houve abertura de inquérito administrativo e o funcionário era caixa substituto, porém atuava a mais de um ano na função.

O questionamento do delegado sindical refere-se ao trabalho dos caixas fora do horário regular de 6 horas, excedendo até duas horas após o fechamento do ponto eletrônico sem receber horas extras, e muitas vezes utilizando a chave de outros comissionados. A ocorrência foi confirmada em visita realizada pelo diretor do SEEB/MT e funcionário do BB, Alex Rodrigues.

“A situação é muito grave, primeiro que jamais uma empresa pública que se diz socialmente responsável deveria retaliar um funcionário por exigir seus direitos e dos companheiros. Segundo, que o ponto eletrônico foi instituído justamente para que os funcionários cumpram sua jornada de trabalho de 6 horas e se isto não está ocorrendo é necessário que a direção do BB tome as medidas necessárias para a regularização”, pontua Alex.

Para o Seeb-MT, o caso do delegado sindical Marcio da Silva e o extrapolamento do horário de trabalho sem receber horas extras são descumprimentos do Acordo Coletivo de Trabalho e da própria Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e o Sindicato requer a intervenção da Superintendência nessas ocorrências a fim de obter regularização dos problemas o mais rápido possível.

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