Saúde Caixa: eu defendo! Com esse lema, sindicatos de bancários e associações ligadas à Caixa realizaram em todo o país o Dia Nacional em defesa do plano do plano de saúde dos empregados do banco, que tem sofrido ameaças e ataques. Em Teresina, os diretores do Sindicato dos Bancários do Piauí, Odaly Medeiros (vice-presidente), Francisca de Assis (representando a Fenae), Glória Araújo e Hortência Oliveira, presidente e vice da Apcef Piauí, visitaram as agências da Caixa na capital, dialogando com os empregados e distribuindo o Manifesto em Defesa do Saúde Caixa.
“Estamos visitando as agências, falando da grave ameaça ao Saúde Caixa, que corre o risco de sair do Acordo Coletivo. Send excluídas as cláusulas que se referem ao plano de saúde do Acordo Coletivo, ele fica fragilizado para os empregados ativos, aposentados e pensionistas, porque não teria mais uma legislação que garantisse a continuidade e o modelo que é utilizado para os empregados da Caixa e seus dependentes”, explicou Francisca de Assis.
Segundo De Assis, os ministérios da Fazenda e Orçamento, que compõem um Comitê que estabelece as resoluções, como a CGPAR 23, estão estabelecendo que nos concursos para as empresas públicas não seja oferecido plano de saúde para seus empregados e que nesse mesmo caminho também vai o fundo de pensão, que é a previdência complementar que os grandes bancos públicos oferecem para seus empregados. “A CGPAR 23 manda retirar dos editais para concurso os planos de saúde e está mandando que nos Acordos Coletivos que constem o plano de saúde como cláusulas, que sejam excluídas. Esse é um dos grandes desafios que os empregados da Caixa vão ter esse ano para a renovação do Acordo Coletivo.”
O vice-presidente do Sindicato dos Bancários do Piauí, Odaly Medeiros, denunciou os ataques a Caixa, enquanto um banco 100% público. “Uma nova mudança no Estatuto da Caixa prejudica diretamente nosso plano de saúde, que estava garantido em nosso Acordo Coletivo de Trabalho. Tirar o Saúde Caixa do Acordo fragiliza esse plano, precarizando o serviço e a empresa, caminhando para a privatização. Essa é uma política adotada por uma pessoa que está no Conselho de Administração da Caixa, representando a empresa, que veio do banco Itaú, exatamente para implementar na Caixa os mesmos modelos dos bancos privados. O projeto desse governo é a precarização dos serviços públicos.”
A presidente da Apcef, Glória Araújo, ressaltou a importância da luta em defesas dos direitos conquistados para empregados da Caixa. “A Apcef Piauí faz questão somar nessa grande mobilização com todas as entidades em defesa do Saúde Caixa, visitando as agências, fazendo a defesa do nosso plano de saúde que está altamente ameaçado com essa resolução da CGPAR 23. Corremos o risco de perder todos os nossos benefícios e conquistas de mais de 30 anos de luta”, alertou Glória.
A vice-presidente da Apcef Piauí, Hortência Oliveira, destacou a importância do diálogo direto com os empregados. “É fundamental estarmos juntos aos empregados em todos os momentos, dialogando e alertando sobre as ameaças aos nossos direitos. Com isso também preparamos a categoria para nossa Campanha Nacional, que esse ano será ainda mais difícil, porque vamos lutar para garantir direitos coletivos conquistados durantes décadas e que estão em risco”, afirmou Hortência.
