Uma experiência inovadora foi anunciada no Sindicato dos Bancários de São Paulo: o atendimento feito aos bancários nos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CRST) será válido como perícia do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). A experiência piloto que será aplicada na cidade de São Paulo foi anunciada pelo ministro da Previdência Social, Carlos Gabas. “Esta é uma saída que vai representar uma verdadeira revolução, é possível e vamos realizar essa experiência com a convicção que dará certo”, explicou Gabas.
O anúncio foi feito durante o seminário Saúde e Trabalho Bancário. Durante o evento, realizado nesta segunda-feira 7, Sindicato e Prefeitura de São Paulo assinaram um termo de cooperação técnica para o monitoramento dos trabalhadores da categoria e vigilância dos riscos relacionados ao trabalho por meio do sistema municipal de saúde.
“Esse acordo possui duas dimensões: a do diálogo e a do fortalecimento da organização dos trabalhadores. Só assim é possível melhorar a saúde da categoria. E queremos mais do que isso, queremos prevenir”, definiu o secretário municipal de saúde Alexandre Padilha.
Eficácia – O ministro Gabas reconheceu, durante o evento, que há problemas com a eficiência das perícias que muitas vezes não são objetivas e cujos protocolos não são discutidos com a sociedade.
“Os bancários costumam ter muitas dificuldades nesse relacionamento com os peritos”, lembrou Ernesto Izumi, diretor executivo do Sindicato.
Segundo Padilha, a iniciativa foi indicada pela prefeitura ao ministro após sugestão do Sindicato. “Vamos firmar este convênio e os bancários já tomaram a frente”, ressaltou o secretário municipal. Já o acordo de cooperação é o segundo do tipo a ser firmado no município, o primeiro foi realizado com os comerciários. “A cooperação não valerá apenas para os novos atendimentos, mas os já existentes também serão acompanhados”, explicou.
Para o secretário de Saúde do Sindicato, Dionísio Reis, o termo é uma mostra da importância do Sistema Único de Saúde (SUS) no combate ao adoecimento dos trabalhadores. “Recebemos constantemente o pedido de ajuda de outros sindicatos que também querem a defesa do SUS na saúde do trabalhador”, comentou.