Dois homens esperaram o Supermercado Modelo 24 Horas em Cuiabá encerrar o expediente no domingo para render o chefe da segurança e mais quatro funcionários.
Apesar de funcionar 24 horas, o mercado não teve atendimento na madrugada da segunda-feira, dia 6, oportunidade aproveitada pelos assaltantes, que ainda abriram a porta para mais integrantes da quadrilha arrombarem o caixa-eletrônico do Banco do Brasil, instalado num quiosque do prédio que abriga mais quatro caixas.
Em seguida, os dois vigilantes e funcionários da limpeza foram trancados numa das salas. Enquanto isso, os bandidos usaram um maçarico para cortar o caixa e retirar todo o dinheiro. A polícia afirma que os bandidos levaram uma quantia em dinheiro, porém o equipamento possui um dispositivo antifurto, que solta uma tinta cor de rosa nas cédulas deixando-as sem valor.
Segundo os vigilantes, os bandidos fugiram por volta das 5 horas, deixando no local o chamado “kit arrombamento” – maçarico, botijão de gás e cilindro de oxigênio. No quiosque, os bandidos espalharam as gavetas para fazer questão de mostrar que as deixaram vazias. No quiosque ainda tem caixas de mais três bancos – Bradesco, Santander e 24 horas – que não foram arrombados.
Segundo policiais militares que atenderam a ocorrência, os ladrões teriam fugido em algum veículo estacionado nas proximidades, que teria chegado após a entrada dos dois assaltantes. O prédio possui várias câmeras de segurança, mas a gerência não informou se o assalto foi gravado.
A expectativa dos policiais da Gerência de Combate ao Crime Organizado é que todas as cédulas fiquem manchadas e sem efeito legal. “Pelo menos é o que nos garantiram os responsáveis pelo Banco do Brasil, pois a sugestão de colocar tinta nas cédulas partiu da polícia de Mato Grosso”, lembrou um policial.
Conforme o policial, o caixa 24 Horas que reúne várias instituições bancárias possui uma placa de piche que explode com o calor do maçarico, usado no corte da máquina. “Se o dinheiro queimar, o banco tem mais prejuízo. Com a tinta, basta trocar junto ao Banco Central”, lembrou um policial.