Na quarta-feira (13), o Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e Região realizou novamente mais um ato lúdico com o coral em frente ao Bradesco Palácio Avenida, para denunciar à população o descaso do banco com seus funcionários e clientes.
Chamado de "Palácio dos Horrores", o ato retomou as mais de 9,2 mil demissões que o banco promoveu em um ano, em todo o país. Vagas fechadas, sem reposição. Enquanto isso, o lucro bilionário continua subindo e atingiu R$ 14,16 bilhões de janeiro a setembro de 2017. O sindicato também alertou a população que o banco é devedor de R$ 465 milhões à Previdência Social.
"Esse ato é uma denúncia à população sobre o descaso do Bradesco que, com as demissões, onerou clientes e funcionários. Muitos serviços não estão sendo prestados adequadamente por falta de condições de trabalho. Trouxemos anjos de preto para representar o luto por essas demissões. O Bradesco perdeu clientes e segue perdendo pela arrogância", afirma Cristiane Zacarias, diretora do sindicato e representante do Paraná na Comissão Organizativa dos Empregados (COE) do Bradesco.
O presidente do sindicato, Elias Jordão, também trabalhador do Bradesco, lembrou que neste fim de ano os bancários celebram e confraternizam, mas que é necessário chamar a atenção que esta não será a realidade de muitos demitidos. "A realidade é diferente da que o banco apresenta para a sociedade. Muitos bancários passarão Natal e Ano Novo sem saber como será 2018, se terão seus empregos garantidos", disse.
O secretário geral da CUT Paraná, Marcio Kieller, falou que o preço que o Bradesco cobra pela alta lucratividade é essa quantidade de demissões. O dirigente também alertou sobre os riscos com a Reforma da Previdência que está para ser votada na Câmara Federal. "Essa reforma é complementar aos retrocessos da Reforma Trabalhista", no sentido de retirada de direitos, que é preciso resistir.
Cada paródia de Natal cantada pelos bancários, denunciando a política de demissões do Bradesco, foi aplaudida pela população que passava e parava em plena Boca Maldita, centro de Curitiba. "Ao bancário e bancária do Bradesco, fica o nosso respeito", registrou a diretora Karla Huning durante a ação do Sindicato.