As reformas no prédio da antiga Cacex (Carteira de Comércio Exterior do Banco do Brasil) tem deixado os funcionários da vizinha agência “São Paulo”, na Rua São Bento (Centro), debaixo de pó. “As condições vivenciadas na agência são péssimas. Luminárias ficam pelo caminho, fios, muita poeira, panes elétricas e dutos de ar condicionado pendurados ameaçadoramente sobre os caixas”, enumera a funcionária do BB e diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Inês Ogando.
Inês e Paulo Rangel, também diretor do Sindicato e funcionário do BB, foram visitar o local após receberem denúncias de cipeiros e delegados sindicais. “Nessa segunda 17, a abertura da agência teve de ser retardada por conta de uma pane na energia que afetou o sistema de portas de segurança. Os gerentes tiveram de correr para conseguir por em ordem a agência”, relata Inês.
As más condições atingem também os trabalhadores da Plataforma de Suporte Operacional (PSO), que fica em um piso abaixo da agência no prédio. Além do acúmulo de pó, os trabalhadores sofrem com infiltração que pode gerar mofo nos carpetes e a falta de ar condicionado.
“Já havíamos cobrado uma solução para o local, que fica numa espécie de buraco, muito abafado. Ainda mais agora com a chegada do clima mais quente do verão”, observa Rangel.
CSL mais uma vez
A responsabilidade pela manutenção das agências é do Centro de Serviços de Logística (CSL). Porém, de acordo com o dirigente, a área de engenharia está sobrecarregada e o departamento não tem sido eficaz na resolução dos problemas das reformas nas agências. “O CSL está sem linha administrativa e tem falhado na resolução desse tipo de problemas. Há uma desorganização por parte da gerência da área”, critica o dirigente sindical.
Inês Ogando lembrou ainda o caso recente do prédio administrativo do BB na Rua 15 de Novembro que ficou às escuras. “Nem mesmo as luzes de emergência funcionaram”, explicou, responsabilizando o CSL pelo problema.
De acordo com a dirigente, enquanto a direção do banco afirma que o mais importante é a segurança dos seus funcionários e clientes, age no sentido oposto, expondo a riscos bancários e correntistas que estão nas agências em reforma. “Continuaremos a cobrar soluções para os funcionários obrigados a atuar em locais com más condições de trabalho”, finaliza Inês Ogando.