Bradesco abre agências no Rio sem condições de trabalho e segurança

O Bradesco tem inaugurado, às pressas, novas agências para disputar com o Itaú o mercado de milhares de clientes que são funcionários do governo do Estado do Rio de Janeiro. Mas a correria do banco para conquistar os clientes e ganhar mais dinheiro tem resultado em vários problemas para os bancários. Um exemplo da falta de segurança e de condições mínimas de trabalho é a agência de Padre Miguel, onde os bancários passaram por maus momentos durante as obras.

“A pressa do Bradesco obrigou os funcionários a trabalhar em meio à poeira e ao barulho de operários. O banco tem que garantir condições de saúde e de trabalho para os bancários”, critica o diretor do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro e da Contraf-CUT, Geraldo Ferraz.

Ganância

Outro problema grave é a falta de segurança. “Durante as obras em Padre Miguel, havia apenas dois seguranças, que não tinham tempo sequer de almoçar. Sobrecarregados, eles não tinham ninguém para substituí-los. É inaceitável que o banco coloque em risco a saúde e a vida dos funcionários por pura ganância dos banqueiros”, denuncia Ferraz.

O sindicalista critica as novas unidades, que não possuem sequer porta giratória. “Se acontecem assaltos e saidinhas de banco onde há portas giratórias, imagine as unidades sem qualquer aparato de segurança”, aponta.

Há também problemas estruturais nas novas agências. Durante o temporal que atingiu a cidade há cerca de um mês, a unidade de Padre Miguel apresentou vários vazamentos. O banco ainda não se posicionou em relação aos problemas. Ferraz vai entrar em contato com a matriz da empresa, em São Paulo, para cobrar uma solução.

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