Contraf-CUT continua debate sobre PCS com a Caixa nesta quarta

Nesta quarta-feira, dia 23, às 14h, em Brasília, ocorre nova rodada de negociação entre a Contraf-CUT e a Caixa Econômica Federal. O encontro dará prosseguimento ao debate sobre a unificação das tabelas do Plano de Cargos e Salários do banco. O principal tema da reunião serão os critérios para avaliação de desempenho para progressão na carreira.

Para este tema, de acordo com o que tem sido discutido com a base, a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa da Contraf-CUT (CEE Caixa) defende que os critérios não podem ser exclusivamente subjetivos, ou seja, critérios objetivos como formação acadêmica, cursos e outros aprimoramentos têm que pesar no processo de avaliação. Além disso, os trabalhadores não aceitarão que a avaliação seja vinculada a cumprimento de metas.

Outro ponto defendido é a adoção de um processo cruzado de avaliação, no qual o chefe também seja avaliado pelos seus funcionários, estes avaliem também seus colegas e façam auto-avaliações. Por fim, a comissão executiva defende que alguns critérios sejam escolhidos pelos próprios empregados em cada unidade, num processo democrático em que todos possam opinar em igualdade de condições.

Problemas

A Caixa apresentou uma proposta na última negociação, ocorrida no dia 8 de abril, que será levada ao DEST (órgão do governo federal controlador das empresas estatais) para aprovação e depois será debatida pelos trabalhadores. Alguns pontos apresentados seguiam o acordado durante a Campanha 2007, mas ainda havia problemas.

O banco insiste em vincular a adesão ao PCS à opção pelo saldamento do REG/Replan e adesão ao novo plano da Funcef, o que é repudiado pela representação dos trabalhadores, que consideram a imposição de regras ou condições para os empregados aderirem ou não à tabela do PCS ilegal e discriminatória.

Além disso, o número de referências da tabela proposta é grande, o que pode trazer problemas no futuro. A expectativa dos empregados era de uma tabela em torno de 40 níveis, mais longa que a do PCS 98, com apenas 15 referências, e nem tão longa como a de 89, que tinha 78 referências.

Para a CEE Caixa, uma tabela longa coloca em risco o compromisso assumido pelo banco na Campanha 2007 de restabelecer o processo de promoção por merecimento, que hoje não existe para os empregados novos (PCS 98) e está congelado desde 1992 para os empregados antigos (PCS 89). No entanto, não há nenhuma garantia de que um novo congelamento não possa ocorrer no futuro o que, com uma tabela com tantos níveis, tiraria a perspectiva de progressão funcional dos empregados. Com uma tabela mais curta, mesmo com congelamento, a promoção por antiguidade a cada dois anos faz com que haja avanço, além de o interstício maior significar mais ganho a cada passo na tabela.

Plenária nacional

No dia 16 de maio, a Contraf-CUT realizará uma plenária nacional com os empregados da Caixa para debater a proposta de unificação das tabelas do PCS. Essa plenária foi aprovada em reunião do Comando Nacional dos Bancários, realizada no dia 15 de abril. O propósito do encontro será formatar uma proposta para o PCS que seja considerada ideal pelos trabalhadores, com base no que já foi acordado durante a Campanha Nacional dos Bancários de 2007, e organizar as formas de mobilização que serão adotadas durante a negociação com o banco.

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