A greve por tempo indeterminado da categoria bancária iniciada nesta quinta-feira, 24 de setembro, começou forte em Belém, no Pará, e avança pelo restante do Estado. Na capital, o balanço feito pelo Sindicato foi de 99% de paralisação nos bancos públicos, tendo em vista que apenas as agências Ver-o-Peso, do Banco do Brasil, e as agências Reduto e Pedreira, do Banco da Amazônia, não aderiram ao movimento.
Entre os bancos privados, Itaú e Real/Santander tiveram total adesão ao movimento grevista. Nos demais bancos particulares de Belém a greve ainda é parcial.
Entre os municípios paraenses o Sindicato registrou greve em Abaetetuba, Ananindeua, Barcarena, Bragança, Capanema, Castanhal, Conceição do Araguaia, Concórdia do Pará, Curionópolis, Igarapé-Açú, Itupiranga, Marabá, Marituba, Novo Repartimento, Parauapebas, Paragominas, Santarém, São Domingos do Araguaia, Tailândia. Tucuruí e Xinguara.
No Amapá, a greve já ocorre em Macapá e em Santana. A expectativa é que nesta sexta-feira (25), bancários de outros municípios amapaenses se engajem na greve por tempo indeterminado.
Interditos
Banpará e Bradesco ingressaram hoje com ações judiciais pleiteando liminares de interdito proibitório. O banco estadual foi o único que conseguiu a liminar, mas a decisão da juíza não muda em nada a conduta da greve no Pará, tendo em vista que as manifestações estão sendo pacíficas, sem perturbação do espaço interno das agências e sem nenhum tipo de coação ou atitude violenta por parte do Sindicato e do movimento grevista.
Atitude desnecessária
Neste primeiro dia de greve no Pará e no Amapá o Sindicato testemunhou uma ação repressiva desnecessária na agência do Bradesco da avenida XV de novembro, em Belém. O gerente da agência solicitou a presença da polícia militar para coibir e intimidar os bancários que exerciam seu direito constitucional de greve.
Por sorte, nenhuma agressão ou atitude violenta ocorreu no local, mas a atitude da gerência em solicitar força policial para reprimir o movimento foi lamentável e teve o único propósito de atentar contra os direitos dos trabalhadores.
Assembléia organiza a greve
A assembléia geral organizativa realizada ao final da tarde desta quinta-feira avaliou como positivo o primeiro dia de greve no Pará e no Amapá. Os encaminhamentos deram conta da intensificação da mobilização para ampliar o movimento grevista em Belém e Macapá e nos demais municípios desses estados.
A greve seguirá forte nesta sexta-feira (25) e permanecerá por tempo indeterminado, até que uma nova proposta da Fenaban seja apresentada para que seja convocada uma assembléia deliberativa.
Moção de repúdio
A assembléia desta quinta-feira também aprovou uma moção de repúdio contra a liminar de interdito proibitório concedida pela Justiça do Trabalho ao Banpará. Uma nota pública assinada pelo Sindicato e pela Fetec-CN estará sendo divulgada nas páginas eletrônicas dessas entidades e também será distribuída em versão impressa nas atividades de greve desta sexta-feira (25).