Representantes dos movimentos sindical e social realizaram, na manhã desta segunda, 19, atividades no calçadão da rua Coronel Oliveira Lima, centro de Santo André; na praça da Matriz, em São Bernardo, e no centro de Diadema, em protesto à reforma da Previdência. O Sindicato dos Bancários do ABC foi uma das entidades presentes, ao lado do Sinpro ABC, CUT estadual, Afuse, CTB e integrantes do Partido dos Trabalhadores, entre outras.
A manifestação integrou o dia de mobilizações contra a reforma que, na região, registrou greve de bancários, professores, servidores municipais e metalúrgicos, além dos motoristas de ônibus, que não trabalharam no início da manhã na cidade de Santo André. O presidente do Sindicato, Belmiro Moreira, denunciou a grande mentira que vem sendo apregoada pelo governo golpista, de que a reforma vai acabar com privilégios, e lembrou que o próprio presidente da República, o ilegítimo Temer, “se aposentou aos 55 anos e recebe R$ 30 mil de aposentadoria”.
Todos os participantes do ato destacaram também a necessidade de que o povo brasileiro vote de forma consciente e afaste de vez os parlamentares que se pronunciarem a favor dessa reforma. O slogan “Se votar não vai voltar” foi o mais lembrado, assim como a importância da resistência da sociedade para evitar novos prejuízos à classe trabalhadora. “A região elegeu um deputado federal, Alex Manente (PPS). É importante pressionar para que não vote pela reforma”, apontou Belmiro. O deputado aparece como “indeciso” no site Na Pressão, onde se pode entrar em contato com todos os parlamentares e reivindicar que não votem contra os trabalhadores: https://napressao.org.br
Governo municipal
Em Santo André os protestos não pouparam o governo da cidade, com críticas aos valores inicialmente cobrados pelo IPTU, o que causou grande confusão e revolta da população; fechamento de postos de saúde e fim de políticas públicas para mulheres. Para os participantes do ato, esse tipo de política destina-se apenas à precarização dos serviços públicos, penalizando ainda mais os trabalhadores, que já sofrem com a reforma trabalhista e a lei da terceirização, ambas aprovadas após o golpe.