Valor Econômico
O HSBC informou nesta quarta-feira (15) que cortará cerca de 14 mil empregos globalmente como parte do esforço para economizar até US$ 3 bilhões e aumentar os dividendos para os acionistas.
O presidente-executivo do HSBC, Stuart Gulliver, disse que o banco pode ter dificuldade para cumprir a meta de 12% a 15% de retorno sobre o capital em 2013 devido a um esfriamento das receitas com a fraca economia global. Mas, segundo ele, é possível alcançá-la no período de 2014 a 2016 com novos investimentos em mercados em crescimento.
Gulliver acrescentou que o banco quer aumentar os dividendos aos acionistas dentro de uma faixa de 40% a 60% dos lucros e pode recomprar ações para minimizar o efeito de diluição após acionistas optarem por receber seus dividendos na forma de mais ações. O HSBC distribuiu 55,4% de seu resultado no ano passado em dividendos.
O banco com foco em mercados emergentes está entrando na segunda fase de uma grande transformação em suas operações que começou em 2011 e envolveu o corte de cerca de 46 mil empregos e a saída de mais de 50 negócios. O novo plano de três anos ocorrerá de 2014 a 2016 e reduzirá o número de funcionários de 254 mil para cerca de 240 mil.
Após cortar US$ 4 bilhões em custos anuais desde 2011, o HSBC informou que as metas para os próximos três anos são de economia adicional sustentável de US$ 2 bilhões a US$ 3 bilhões, retorno sobre o patrimônio na faixa de 12% a 15% e nível de capital tier 1 – aquele de melhor qualidade – acima dos 10% sob a nova regulação bancária.
“Estamos confiantes de que essas medidas vão resultar em resultados financeiros consistentes e superiores e nos deixar mais próximos de atingir a ambição de ser o banco líder internacional”, disse Gulliver.