Valor Valor Econômico e Valor Online
Alex Ribeiro e Azelma Rodrigues
BRASÍLIA – Mudança anunciada hoje pelo Banco Central (BC) sobre os compulsórios recolhidos pelos bancos tem viés de política fiscal. A medida vai liberar R$ 40 bilhões em dinheiro para que os bancos comprem títulos públicos federais em 1º de dezembro.
A nova regra determina que os compulsórios adicionais de 5% sobre o total de depósitos à vista, 5% sobre depósitos a prazo, 10% sobre depósitos de poupança, inclusive poupança rural, deixarão de ser recolhidos em dinheiro, passando para títulos públicos federais.
Nas alterações sobre o compulsório feitas pela autoridade monetária no pico da crise financeira internacional no mês passado, a autoridade monetária tinha invertido essa regra. Ou seja, os bancos tiveram que vender cerca de R$ 30 bilhões em títulos públicos.
Agora, a nova regra injeta liquidez, mas redireciona os recursos novamente para a dívida pública.
Segundo o BC, “a medida visa recompor os volumes de compulsório recolhidos em títulos públicos que prevalecia antes das mudanças entre o fim de setembro e ao longo de outubro, para preservar a liquidez dos mercados”.
As novas regras foram baixadas pela resolução 3.634, do Conselho Monetário Nacional, e pela circular 3.419, com data de ontem.