(São Paulo) A reestruturação promovida pelo Banco do Brasil desde o ano passado chagou às URRs (Unidades de Recuperação de Crédito e Reestruturação de Ativos) e, com ela, uma série de injustiças. Cortes e postos de trabalho e distribuição não uniforme de vagas são conseqüências da prática.
Os funcionários do banco reafirmam que não vão aceitar tais medidas e irão lutar pelos seus direitos.
Se as mudanças fossem apenas no nome – as URRs passaram a ser chamadas de Gerência de Reestruturação de Ativos (Gerat) – não haveriam problemas. Mas a redistribuição de vagas neste recém-criado setor, apesar de dar um justo aumento salarial para 300 comissionados, não é uniforme em todo o Brasil e ameaça trabalhadores de perderem seus cargos.
Nas Gerat Paulista I, II e III já foram confirmados cortes de vagas. A Diretoria de Reestruturação de Ativos Operacionais (Dirao) reuniu-se com os funcionários de São Paulo, e o Sindicato cobrou garantias para os trabalhadores não sofrerem redução salarial. Os representantes do banco comprometeram-se a auxiliar os funcionários nas concorrências a outras comissões e também que não haveria descomissionamentos sem fundamentação.
“As denúncias de falta de critérios já chegaram ao Sindicato de SP e nós queremos discutir os relatos com a direção do banco”, diz Ernesto Izumi, diretor do Sindicato e funcionários do Banco do Brasil.
Outras reclamações dos funcionários são: falta de promoção para os Assistentes, que reivindicam cargos de Analistas; Gerentes de Setor com muitos anos de casa, que passaram do nível B para A, mas agregaram proporcionalmente pouca remuneração; inscrição na certificação interna do BB, que foi prejudicada pela reunião agendada pela Dirao, que coincidiu com o prazo final.
Fonte: André Rossi – Seeb SP