(São Paulo) Passada a Campanha Nacional, a Contraf-CUT e o Itaú retomaram nesta quinta-feira, dia 23, o processo de negociação permanentes para tratar da Minuta Específica, encaminhada ao banco no final de outubro. Nesta primeira rodada, os bancários apresentam todos as reivindicações, entre elas, a PCR (Participação Complementar nos Resultados), Programa AGIR (com ênfase nas condições de trabalho, cobrança de metas abusivas, adoecimento dos funcionários e política de remuneração do Programa), Plano de Saúde, Previdência Complementar, Auxílio-educação, enquadramento sindical dos trabalhadores da holding, realinhamento salarial, contratações e 14º salário.
“Foi a primeira reunião para tratar das reivindicações específicas dos funcionários do Itaú e, para a maioria dos itens, os representantes do banco não adiantaram resposta. Vamos precisar de muita mobilização para conseguir avanços no Itaú”, observa Wanderley Crivellari, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE).
PCR
Os representantes do Itaú informaram que a proposta de Participação Complementar nos Resultados, apresentada de forma unilateral e arbitrária no início de agosto, é o limite que o banco pretende praticar.
“Esta proposta de PCR não valoriza o trabalho e a dedicação dos funcionários. Vamos insistir na revisão dos indicadores que compõem a PCR e no valor a ser distribuído para os funcionários”, ressalta Carlos Cordeiro, secretário-geral da Contraf-CUT e empregado do Itaú.
“No dia 22 passado realizamos o lançamento da Campanha pela melhoria da PCR, pelo 14º salário para todos, pela distribuição de ações da empresa para os funcionários e por qualidade de vida. As atividades e protestos realizados pelos Sindicatos foram importantes para dar o pontapé inicial na mobilização dos funcionários do Itaú. Outras atividades deverão acontecer”, alerta Ted Silvino, diretor do Seeb Belo Horizonte.
BankBoston
Os bancários também cobraram dos representantes do Itaú o compromisso de dialogar com o movimento sindical antes da implementação de medidas que afetem os funcionários do Boston. “O Itaú não manteve um processo permanente de diálogo para discutir esta transição. Mostramos a nossa discordância sobre vários pontos, em especial sobre como o Itaú pretende tratar a questão do 14º salário dos funcionários do Boston”, destaca Mauri Souza, diretor do Seeb Campinas.
Nova rodada de negociações ficou marcada para o dia 7 de dezembro, às 14h.
Fonte: Contraf-CUT