Reuters
Quentin Webb, de Londres
O Goldman Sachs recuperou a liderança mundial em assessoria de operações de fusões e aquisições no primeiro semestre de 2010, sinal da resistência do gigante de Wall Street mesmo em um momento em que enfrenta acusações de fraude nos Estados Unidos.
Com a atividade de fusões e aquisições ainda deprimida, a participação do Goldman Sachs em transações avaliadas em quase US$ 190 bilhões permitiu à instituição superar o Morgan Stanley, que no ano passado superou o Goldman pela primeira vez desde 1996.
Dados preliminares da “Thomson Reuters”, divulgados sexta-feira, mostram que as operações de fusão anunciadas atingiram US$ 976 bilhões no ano até 22 de junho, em linha com os níveis do ano passado. O Goldman trabalhou em cinco das 10 maiores transações do ano, assessorando Alico (da seguradora AIG), Coca-Cola, Schlumberger, Novartis e Allegheny Energy.
A recuperação da liderança aconteceu em um bom momento para o Goldman, já que o banco enfrenta duro golpe à sua reputação: acusação da SEC, órgão regulador do mercado de capitais dos EUA, de fraude na oferta de investimentos atrelados a hipotecas de alto risco.
O Goldman nega irregularidade, mas o episódio levou parlamentares a questionar o compromisso do banco com o princípio de colocar os interesses dos clientes em primeiro lugar.