Bancários de Florianópolis alerta para a discriminação nos bancos

A atividade foi parte do lançamento da Campanha Nacional da categoria

Dirigentes do Sindicato dos Bancários de Florianópolis e Região percorreram na manhã desta quarta-feira (9), as agências bancárias de região continental da Capital Catarinense. A atividade foi parte das previstas para o lançamento da Campanha Nacional da categoria. Um esquete teatral foi encenada para alertar os clientes sobre a discriminação nos bancos.

O sistema financeiro é um dos seguimentos mais discriminatórios do mercado. Mulheres dificilmente ascendem para postos de auto escalão. Proporcionalmente elas representam uma parcela ínfima desses cargos. Além delas, negros, LGBTs e deficientes representam uma minoria na ocupação dos postos de trabalho nos bancos.

O II Censo da Diversidade sobre a categoria bancária, divulgado em 2014, revelou que as mulheres ganham 22,1% a menos que os homens. A remuneração dos trabalhadores negros também é menor, 12,7% mais baixa na comparação com brancos, apesar de 74,5% dos negros terem curso superior, assim como 82,5% das mulheres.

Nesta quarta-feira, uma reunião entre movimento sindical e Fenabam debate o tema igualdade de oportunidades nos bancos. A atividade desta quarta foi motivada pela mesa temática. Nas agências, sindicalistas dialogaram com os clientes sobre essa realidade.

Entre as reivindicações entregues à Fenaban estão a democratização do acesso de candidatas e candidatos às vagas de emprego, com garantias igualitárias de contratação, independentemente de gênero, raça, orientação sexual, idade e condições econômicas.

O movimento sindical também quer o compromisso dos bancos com o combate ao assédio sexual. A Consulta Nacional dos Bancários 2015 revelou que o tema preocupa 12% da categoria e as denúncias estão aumentando.

Para o representante do Sindicato Jacir Zimmer, “a discriminação dos bancos vai além das diferenças salariais entre gênero, raça etc. A maior discriminação praticada pelos bancos e que já passou dos limites é a irresponsabilidade social. Lucram muito, mas cobram juros altos, tarifas abusivas e ainda adoecem seus funcionários com tanta pressão por vendas.”

Compartilhe:

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no telegram
Telegram