(São Paulo) A Contraf-CUT e o HSBC retomaram nesta sexta-feira, dia 22, as negociações da mesa permanente, que visam resolver as questões específicas dos bancários da empresa. Entre os temas em pauta estava a Revisão do Modelo Operacional (RMO). A Contraf-CUT cobrou soluções para os problemas tecnológicos e de falta de pessoal, que estão gerando a extrapolação da jornada e insegurança para o funcionário que sai mais tarde. Segundo a direção do banco, a RMO não apresenta mais esses problemas, mas o movimento sindical vai continuar acompanhando de perto a situação.
Outro tema cobrado pelos bancários foi a mudança na avaliação do funcionário pelo CDP (avaliação individual). O banco afirmou que as mudanças com relação à curva do CDP não impactarão na remuneração do funcionário. Os representantes do HSBC também disseram que o banco tem a preocupação de enquadrar o Brasil nas normas internacionais da empresa.
“O movimento sindical lembrou ao banco do erro no pagamento do PPR de 2001, quando a direção afirmava que creditaria a segunda parcela e o funcionário ficou a ver navios, tendo em contrapartida R$ 100 para jantar com a família. Realizaremos reunião no dia 19 de março com a comissão do PPR e vamos pedir que o banco abra os números do pagamento referente a 2008. Queremos saber quantos e quais valores cada funcionário receberá para avaliarmos se o pagamento foi feito como o banco afirmou, sem prejuízos ao bancário”, conta Sérgio Siqueira, diretor da Contraf-CUT e funcionário do HSBC.
Plano odontológico
A diretora de RH Remuneração do HSBC, Vera Saicali, afirmou que o processo para melhoria do plano odontológico possui um calendário, onde em abril os funcionários poderão optar entre duas empresas como é feito no plano de saúde (Sulamérica/Unimed). Ela garantiu que o processo estará plenamente concretizado no segundo semestre deste ano.
“O movimento sindical discutirá o custo benefício desses planos com o banco antes de implementá-lo. Também agendamos as datas para continuidade das discussões sobre os grupos de trabalhos de segurança, em 18 de março, e PCS (plano de cargos e salários), ainda a confirmar”, explica Paulo Rogério, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados do HSBC.
Bolsa educacional
A Contraf-CUT cobrou um aumento no valor reembolsado pelo banco para as bolsas de estudo. Atualmente, o banco paga até R$ 292,50. Os bancários também querem a revisão nos critérios de concessão, além de benefício para compra de livros.
Revista pessoal
O banco soltou um comunicado informando que haveria revistas pessoais nos funcionários quando eles se ausentassem da agência portando qualquer tipo de volume. O movimento sindical posicionou-se radicalmente contra e ameaçou promover paralisações de agências. O HSBC reconheceu que foi uma estratégia equivocada e suspendeu a orientação.
Fonte: Contraf-CUT