Greve dos bancários cresce no Rio com paralisação de dois grandes prédios

A greve dos bancários no Rio de Janeiro cresceu ainda mais neste terceiro dia, 1º de outubro, com a paralisação de dois grandes prédios: o do Itaú Cancela, com mais de 2 mil funcionários, e o da Caixa Econômica Federal em São Cristóvão, onde trabalham cerca de 800 pessoas.

Com estas novas paralisações, a adesão que era ontem, dia 30, de 75%, chega, neste terceiro dia de greve, a 78%, ou aproximadamente 16.380 bancários, dos 21 mil da cidade do Rio de Janeiro.

Além destes dois prédios importantes, onde funcionam, entre outros, os serviços de telemarketing (operações bancárias e reclamações feitas por telefone) e processamento de documentos, estão paradas 697 das 930 agências da capital. A previsão é de que, como aconteceu ano passado, a adesão continue aumentando dia a dia.

Greve forte

O presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Almir Aguiar, disse que o que levou a greve deste ano a começar mais forte que a de 2009, foi a indignação da categoria bancária com a inadmissível postura dos bancos.

Mesmo com uma situação privilegiada, tendo alcançado 32% de aumento do lucro no primeiro semestre, sendo o setor que mais lucra entre todos no país, negaram aumento real, propondo no último dia 22, apenas 4,29%, correspondente à reposição da inflação. E só apresentaram esta proposta rebaixada, na quinta rodada de negociação, mais de um mês após a entrega da pauta de reivindicações.

Banqueiros não negociam

Almir condenou a postura dos banqueiros que insistem em não negociar, levando os bancários a continuar em greve, apesar de não terem qualquer motivo para não atender às reivindicações da categoria, entre elas, os 11% de reajuste. “A categoria tenta há mais de um mês uma saída negociada, mas esbarra na ganância da Fenaban”, lembrou. Frisou que os culpados pela paralisação são os bancos.

“Queremos deixar claro para a sociedade que esta greve é de responsabilidade exclusiva dos banqueiros, que rejeitaram todas as nossas reivindicações”, afirmou o presidente do Sindicato.

O que os bancários reivindicam

. 11% de reajuste salarial e valorização os pisos da categoria;
. PLR de três salários mais R$ 4 mil fixos;
. Aumento para um salário mínimo (R$ 510) dos valores do auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio-creche/babá;
. previdência complementar em todos os bancos;
. combate às metas abusivas, ao assédio moral e à falta de segurança;
. garantias contra demissões imotivadas;
. Planos de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS) em todos os bancos.

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