Dieese divulga balanço das negociações salariais do primeiro semestre

(São Paulo) Os trabalhadores brasileiros obtiveram resultados satisfatórios nas negociações salariais dos seis meses de 2007, de acordo com levantamento realizado pelo Sistema de Acompanhamento de Salários (SAS), do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

De 280 unidades de negociação salarial analisadas, 97% apresentaram reajustes equivalentes ou superiores ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desses reajustes, 88% trouxeram ganhos reais, dos quais 40% são superiores a 1,5%.

Entre os setores econômicos, a situação mais favorável é a da indústria, onde 93% das negociações realizadas resultaram em aumentos reais e menos de 1% ficou abaixo da variação do INPC-IBGE. Nos serviços, estes percentuais corresponderam a 85% e 3%, respectivamente e, no comércio, a 82% e 7%.

A grande maioria dos reajustes (85%) foi estabelecida em convenções coletivas de trabalho, ou seja, nas negociações entre entidades representativas de trabalhadores e empresários, enquanto o restante (15%) foi resultado de acordos coletivos de trabalho (negociações diretas entre sindicatos e empresas). O estudo do Dieese verificou também maior proporção (88%) de convenções coletivas com reajustes superiores à variação do INPC-IBGE do que de acordos coletivos (83%).

O empenho do movimento sindical em assegurar melhores condições de remuneração pode ser apontado como uma das causas do bom resultado. Desde 2004 aumenta gradativamente a proporção de negociações que conquistam aumentos reais no momento da data-base. O desempenho da economia brasileira – mesmo em ritmo insuficiente – e o controle da inflação em baixos patamares contribuíram de forma decisiva para os resultados.
Dieese

Fonte: Dieese

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