Governo Dilma começa a montar programa de combate à pobreza extrema

A presidenta Dilma Rousseff começa a preparar as primeiras medidas a serem tomadas visando a cumprir sua principal promessa de campanha: erradicar a pobreza extrema no país. Segundo a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, será montado um programa que adotará modelo de gestão similar ao de Aceleração do Crescimento (PAC), com transparência e metas claras.

Ela aponta como principais frentes a inclusão produtiva, a ampliação da rede de serviços e a transferência de renda. “Vamos construir um modelo de gestão, como fizemos para o PAC, com metas e condições de monitoramento claras, para prestar contas à sociedade e à imprensa sobre o andamento dessa metas”, disse a ministra.

Ela acrescentou que um comitê gestor foi criado no centro do governo, coordenado pelo MDS, com a participação dos ministérios do Planejamento, da Fazenda e da Casa Civil. Ao todo, o ministério terá a colaboração de oito pastas.

“Vamos organizar, no próximo período, essas metas e trabalhar em reuniões bilaterais. No comitê gestor, vamos organizar o desenho do programa e apresentá-lo à sociedade e aos parceiros estratégicos, entre eles os governos estaduais e municipais”, afirmou.

A exemplo do PAC, o programa deverá agrupar outras ações implantadas por governo anteriores. “Não se trata apenas de uma soma de programas”, disse a ministra ao caracterizar a iniciativa como um modelo de gestão

Com a reunião desta quinta-feira (6), iniciou-se o período de coleta de sugestões dos integrantes do novo governo. A expectativa é que uma nova reunião ocorra na próxima semana e que, a partir daí, elas sejam realizadas com mais regularidade.

Apesar de não ter um nome definido para o programa, o governo decidiu que ele terá como secretária executiva Ana Fonseca, umas das organizadoras do Bolsa Família.

“Estamos trabalhando no sentido de universalizar a rede de serviços. Essa é uma expectativa do governo. Não vamos atacar a agenda da pobreza apenas com políticas de transferência de renda. Nossa agenda é de inclusão social e produtiva, de ampliação da rede de serviços públicos, de saneamento, oferta de água, saúde, educação e qualificação profissional”, disse a secretária.

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