Bancários aumentam mobilização contra intimidação dos bancos em SP

Sindicato recebeu denúncias de contingenciamento no CAT do Itaú

Terceiro dia de greve, mas pelo tamanho da adesão, parece que os bancários estão parados há tempos! E nesse curto período, o desrespeito dos bancos com seus funcionários é vergonhoso. A capa da Folha Bancária desta quinta-feira (8) estampa o contingenciamento no Centro Administrativo Tatuapé, com bancários forçados a chegar de madrugada e dormir no local de trabalho. O caso ilustra o que ocorre em diversas instituições financeiras de acordo com denúncias que chegam diariamente ao Sindicato dos Bancários de São Paulo. Tanta intimidação não freia o movimento grevista da categoria, pelo contrário, fortalece.

Nesta quinta (8), agências de diversas regiões da cidade e também de Osasco estão fechadas. Também estão paralisados os centros administrativos Casa 1 e 3 do Santander, o Vila Santander, a Supervisão Pinheiros da Caixa Federal e Verbo Divino do Banco do Brasil. Na quarta-feira, 50 mil trabalhadores cruzaram os braços em São Paulo, Osasco e região. No Brasil foram 8.763 agências e centros administrativos parados, 2.512 (40%) a mais que o primeiro dia, na terça-feira(6).

Até o momento a Fenaban (federação dos bancos) não sinalizou nenhuma data para apresentar uma proposta justa para os trabalhadores. A categoria reivindica reajuste salarial de 16% (reposição da inflação mais 5,7% de aumento real), PLR, piso e vales maiores, fim das metas abusivas e do assédio moral, medidas de segurança, 14º salário entre outros itens. No entanto, o setor que mais lucra no país ofereceu reajuste ilusório de 5,5%, o que representa perda de 4% diante da inflação, e um abono de R$ 2,5 mil que nem é este valor mesmo já que sobre ele incide imposto de renda e INSS. E é pago uma vez só, ou seja, não tem efeito nos cálculos do FGTS, 13º salário ou da aposentadoria.

Organização – Durante o movimento, o Comando de Greve reúne-se diariamente às 17h, no Auditório Azul do Sindicato (Rua São Bento, 413, Centro). Quando houver assembleia, a reunião será às 16h. É integrado por dirigentes do Sindicato, da Fetec-CUT/SP, da Contraf-CUT, cipeiros, delegados sindicais da Caixa e do Banco do Brasil. Outros bancários que quiserem ajudar a organizar o movimento também podem participar. Apróxima assembleia será na terça-feira 13, às 17h, na Quadra dos Bancários de São Paulo.

Ato com petroleiros – Conforme proposta aprovada na assembleia do dia 5, o Sindicato entrou em contato com os representantes dos trabalhadores da Petrobras, para a realização de um ato conjunto. De acordo com agenda dos petroleiros, o protesto unificado deverá ser realizado no dia 16 de outubro, em horário e local ainda a serem confirmados.

Compartilhe:

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no telegram
Telegram